Foto: Petras de Souza/Rádio 730

A Saúde é apontada como o principal gargalo a ser enfrentado pela próxima administração. A população aponta que quando se trata de saúde o poder público deveria ter um maior cuidado. Reformas nas unidades de saúde, investimento no corpo médico, valorização e qualificação do trabalho dos funcionários, medicamentos gratuitos, equipamentos novos, agilidade no atendimento e na hora de marcar consultas pelo telefone, são as principais cobranças feitas pela população que depende deste serviço oferecido pelo município e Estado.

Ouça o debate na íntegra: {mp3}26_12_2012_Debate_Antonio_Faleiros_e_Elias_Rassi_no_Estação_verdade_Tete_Ribeiro{/mp3}

O Secretário Estadual de Saúde, Antônio Faleiros e o Secretário Municipal de Saúde, Elias Rassi, em entrevista a Rádio 730 na manhã desta quarta-feira fizeram o diagnóstico da saúde e mencionaram ações para amenizar os problemas. Elias Rassi disse que os serviços de saúde de uma maneira geral precisam aperfeiçoar a sua forma de relacionamento, contato com o paciente e com a sociedade e ressalta que isso é uma tarefa da imprensa também.

“Com exceções, mas o que eu vi nesse ano de 2012 foi uma imprensa incitando o mau relacionamento, a agressividade, desconhecendo os bons serviços”, explicou Rassi. Antônio Faleiros declara que concorda com o secretário municipal, mas que a imprensa tem buscado apenas aquilo que não deu certo. “Os nossos hospitais hoje tem uma aprovação de mais de 95%, mas se você escutar só 1% que não está satisfeito fica parecendo que os 100% não está indo bem. Se você chegar a um hospital e ver o profissional de saúde discutindo com o paciente, dê razão ao paciente. Ele está ali fragilizado e deve ser recebido com atenção, carinho e respeito”, opinou.

Faleiros disse ainda que tem que ensinar aos colegas o básico do atendimento. “Não é culpa do profissional, na maioria das vezes é culpa da escola e do sistema. Na realidade, o sujeito tem pouco tempo e não dá atenção. O médico nem olha na cara do paciente e pede exames, mas na realidade precisamos dar a humanização ao atendimento”, salientou.

Elias Rassi e Antônio Faleiros divergem sobre aplicação de recursos para a saúde. “Em 2011, o gasto da secretaria estadual, veja bem, não estou reclamando do Faleiros é do governo estadual que há mais de 10 anos vem mantendo essa política de baixos investimentos na saúde. A execução financeira, os gastos da secretaria estadual da saúde em 2011 chegaram a 7,5%”, exemplificou Elias Rassi. Antônio Faleiros disse que há um equívoco na fonte de dados do secretário municipal. “Em 2011, o Estado aplicou 12,9% em seu orçamento em Saúde. Onde estão esses dados? O próprio Tribunal de Contas é a fonte para poder buscar”, retrucou.