Os médicos vinculados à Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia decidiram em assembléia pela paralisação por tempo indeterminado à população.
O presidente do sindicato dos médicos no estado de Goiás (Simego), Rafael Cardoso Martinez explica o motivo da greve. “Decidimos pela paralisação porque houve uma interrupção nas negociações. A gestão municipal disse que não tem mais o que negociar e nós nos sentimos ainda insatisfeitos com essa política de corte de benefícios e direitos que são previstos em lei. O médico já está trabalhando em condições que não são favoráveis, convivendo com falta de segurança nas unidades. Nesse momento, não estamos pedindo um aumento salarial, apenas que os direitos sejam preservados”.
A paralisação deve ocorrer a partir de domingo, dia 19. De acordo com o presidente do Simego, durante a greve os médicos plantonistas estarão nas unidades de saúde para atenderem os casos de urgências. “Como nós temos um prazo legal de 72 horas, após avisar a população, as entidades e os gestores, a nossa paralisação começa às 0 horas de domingo, mas para serviços seletivos. Como a saúde é um bem essencial, não vamos parar atendimento de urgência”.
Em nota a secretaria municipal de saúde esclarece que não tem conhecimento formal das reivindicações ou insatisfações dos médicos que trabalham no órgão, e que a deflagração de uma greve se justifica quando esgotadas negociações entre as partes. Quando isso não ocorre passa a ser classificada como ilegal.
Em relação à nota da Secretaria Municipal de Saúde, o presidente do Simego destaca que não enviou nenhum ofício ao prefeito Paulo Garcia, comunicando a greve, mas afirma que essa está dentro da legalidade.
*Com informações de Jerônimo Junio