O Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Goiás (CAU-GO) entregou na última semana uma Carta Aberta a todos os candidatos ao governo de Goiás. Nela, o Conselho manifesta preocupação a respeito do desenvolvimento social e econômico, a qualidade e o cuidado com a vida da população goiana.
O documento ressalta que ”o país conta atualmente com 25 milhões de moradias precárias e mais de 220 mil pessoas em situação de rua” e que ”as injustiças sociais que marcam a construção de nossas cidades desde a colônia”.
Um dos itens defendidos na carta é a recriação do Ministério das Cidades, extinto no início da gestão do presidente Jair Bolsonaro, em 2019, como destaca o Conselheiro federal Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU-BR), Nilton Lima, em entrevista à Sagres. Assista à entrevista a seguir.
”O Ministério das Cidades seria uma ferramenta muito importante a ser reestabelecida para cuidar diretamente das cidades, que é onde as pessoas vivem. As cidades precisam de um carinho a mais para tratar desse tema tão importante e rico para todos nós”, afirma Nilton Lima.
A Pasta, criada em 1 de janeiro de 2003, tinha como objetivos principais combater as desigualdades sociais, transformar as cidades em espaços mais humanizados e ampliar o acesso da população a moradia, saneamento e transporte.
A carta enviada pelo Conselho se estrutura em 7 temas e, destes, 20 foram escolhidos para compor discussões acerca dos programas de governo dos candidatos ou candidatas a serem submetidos à população nas eleições de 2022, sejam deputados estaduais e federais, senadores, governadores e presidente.
Confira os sete itens
1) Planejamento das cidades e regiões;
2) Habitação, saúde pública e meio ambiente;
3) Organização e políticas de Estado;
4) Valorização da arquitetura e urbanismo;
5) Tributos e trabalho;
6) Educação;
7) Relação com a sociedade.
Confira a íntegra da carta a seguir
O intuito do envio é contribuir para a construção de uma Política de Desenvolvimento Econômico e Social e de Ordenamento Territorial do país, orientadora e indutora da preservação ambiental, da redução das desigualdades e da oferta de oportunidades de geração de emprego e renda.
”É muito importante que esses políticos consigam abarcar essas questões que estamos apresentando para que melhore a condição de vida do cidadão e das cidades em si”, explica Nilton Lima.
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