Na tarde deste sábado, dia 13, brasileiros e argentinos fizeram o melhor jogo do basquete nas Olimpíadas 2016 até aqui. E, como era de se esperar, o clássico teve reviravoltas, show dos dois lados (Nocioni com 37 pontos pela Argentina e Nenê, com 20 pelo Brasil), fortes emoções e duas prorrogações. No fim das contas, melhor para os hermanos, que venceram por 111 x 107 e encaminharam sua classificação no grupo B.
Mais das Olimpíadas:
Acompanhe tudo das Olimpíadas Rio-2016 em TEMPO REAL!
Pedro Solberg e Evandro erram muito, tomam virada e estão fora das Olimpíadas
Alison/Bruno Schmidt sofrem no primeiro set, mas embalam e derrotam dupla da Espanha
Rafael “Baby” Silva repete Londres-2012 e ganha bronze no judô
Bellucci faz grande partida, mas sofre virada de Nadal e dá adeus aos Jogos Rio-2016
Com uma vitória (sobre Espanha) e três derrotas, o Brasil tem cinco pontos no grupo B (dois pontos por vitória e um por derrota). O próximo duelo será contra a Nigéria, lanterna da chave, às 14h15 de segunda. Os brasileiros precisam vencer e contar com um tropeço espanhol para garantir o quarto lugar e enfrentar o líder da outra chave, que muito provavelmente será os Estados Unidos.
O jogo
Após um péssimo primeiro quarto, em que perdeu por 28 x 19, o Brasil voltou para o período seguinte com outra postura e, com ótimas participações de Vitor Benite e Alex Garcia, os brasileiros conseguiram a virada: 52 x 44.
Os argentinos voltaram a mil por hora, enquanto os atletas do Brasil se mostravam desatentos, errando vários lances consecutivos. Com uma melhora na reta final, os comandados de Rubén Magnano terminaram ganhando por 72 x 67. No último quarto, as equipes trocavam pontos, até que a estrela de Andres Nocioni continuou a brilhar mais do que nunca: o ala acertava praticamente tudo que tentava e a diferença caiu para três pontos. No último minuto, Campazzo apostou na individualidade, sofreu falta e converteu os dois lances livres, deixando a diferença em um ponto: 83 x 82.
Huertas acertou dois lances livres faltando 21 segundos: 85 x 82. Na sequência, a Argentina insistiu até Nocioni, a 3.9 segundos do fim, acertar uma cesta de três e empatar o jogo em 85 x 85. Na última bola, Nenê passou para Marcelinho Huertas, que errou o arremesso e, com o empate, o jogo foi para a prorrogação.
Prorrogação 1
No começo da prorrogação, a seleção brasileira deu sinais de recuperação psicológica e de que venceria o duelo. Com atuação inspirada de Nenê e de Alex Garcia, abriu seis pontos de vantagem (94 x 88), mas voltou a dar espaços para Nocioni, que acertou sua oitava bola de três no jogo, e Campazzo, que igualou o placar em 95 x 95 faltando 36 segundos. A última bola foi argentina e Ginóbili não aproveitou.
Prorrogação 2
Ansiosos, os atletas brasileiros não conseguiam acertar nenhuma tentativa e viram os rivais marcarem oito pontos seguidos: 103 x 95. A partir daí, o armador Leandrinho chamou a responsabilidade e marcou oito pontos seguidos, deixando a diferença em um: 106 x 105.
Os últimos segundos foram dramáticos. Campazzo acertou lances livres, assim como Leandrinho: 109 x 107. O Brasil teve a bola do empate, mas Alex tentou resolver sozinho e perdeu a chance. Os brasileiros ainda demoraram muito para cometer uma falta. Quando conseguiram, faltando 3.1 segundos, Delfino desperdiçou os dois arremessos. Porém, Ginóbili pegou o rebote e converteu: 111 x 107 no placar final.
