O Port Said Stadium, na cidade de Port Said, no Egito foi palco de uma das maiores tragédias da história do futebol. De acordo com autoridades locais, 74 torcedores morreram após a torcida local invadir o gramado e o espaço reservado aos visitantes.

Os torcedores do Al Masry, de Port Said, invadiram o gramado para comemorar a vitória por 3 a 1 sobre o Al Ahly, da cidade do Cairo, atual campeão nacional. O que era pra ser uma festa tornou-se um confronto campal entre apaixonados dos dois clubes. Em meio a tudo isto estava o atacante Fábio Júnior, que defende o Al Ahly.

Fábio Junior em entrevista exclusiva à Rádio 730, conta que no momento da invasão imaginou que morreria, assim como aconteceu vários torcedores do seu clube. O jogador revela que todos atletas correram para o vestiário e lá ficaram durante seis horas, até que o clima acalmasse. “Eu estou muito feliz por estar vivo,” declara.

O jogador do Al Ahly revela que ele e outros companheiros de time levaram alguns empurrões, que o treinador foi agredido com ponta-pés e que o goleiro do clube foi o único que se feriu mais gravemente com uma pedrada no rosto. A cena mais lamentável que Fábio Júnior relata foi envolvendo um torcedor. “Eu vi coisas que jamais tinha visto na minha vida. Eu vi um torcedor que foi ferido morrer dentro do nosso vestiário,” lembra.

Fábio Junior não quer mais permanecer no futebol egípcio. O jogador conta que já entrou em contato com seu empresário e que pediu para que ele arrume outro clube. Caso não consiga, o atacante afirma que retornará ao Brasil nos próximos dias.

Desdobramentos

O primeiro ministro do Egito, Kamal el-Ganzouri tomou medidas drásticas após a tragédia de Port Said. O comandante do país acabou com a Federação Egípicia de Futebol e ainda demitiu o ministro dos esportes. O governador da província de Port Said e o chefe da polícia local pediram demissão.

Ouça a entrevista na íntegra:

{mp3}stories/audio/fabio_junior_egito{/mp3}