Se preparando para os dois últimos compromissos do Brasil em 2014, amistosos contra Turquia e Áustria, em novembro, o técnico Dunga vem sustentando em sua segunda passagem uma bela marca: 100% de aproveitamento nos jogos realizados desde sua reestreia. Foram quatro amistoso, dentre eles um contra a Argentina, e quatro vitórias. Por conta disso, seu trabalho vai ficando cada vez mais em evidência no Brasil.
Em contato exclusivo da 730, através de Charlie Pereira, Dunga falou tudo sobre esse novo desafio à frente da Seleção Brasileira. A começar pela enorme cobrança que vem recebendo, principalmente pela despedida polêmica da primeira vez: “É complicado gerir uma Seleção Brasileira. O nível de cobrança é muito alto e, mesmo com a experiência adquirida com a última passagem, as coisas sempre são diferentes. O torcedor e a imprensa sempre querem mais. Então, atingir esse grau de satisfação de todas as partes é quase impossível”.
Outro assunto tratado, foi as recentes convocações, que deixaram de lado jogadores que atuam no Brasil para não prejudicar os times no Brasileiro. Dunga reclama: “A gente vem recebendo muita cobrança e quando começamos a encontrar uma nova equipe, juntar os atletas, temos que deixar de convocar por causa disso ou aquilo e sair novamente à procura de outros jogadores. Já não temos tempo para treinamento e criar essa rotatividade grande no grupo realmente dificulta. Mas é bom também que abre chance para outros”.
Jogadores e convocações
Por conta disso, o técnico acredita que não terá um grupo já formado para o próximo torneio oficial do Brasil, a Copa América. “Não dá para ter certeza se vamos conseguir o tempo suficiente mesmo para a Copa América, ano que vem. O calendário é muito apertado, falta datas disponível e estamos tentando não prejudicar os times nos campeonatos oficiais. Até lá poderemos ter que seguir testando atletas. Com certeza teremos brasileiros na final da Liga dos Campeões, que será cinco dias antes da Copa América também, complica”.
Quando o assunto foi Neymar, Dunga se animou: “Sem dúvida que o Neymar vai crescer muito ainda. Ele sabe disso e quer muito evoluir, parte dele também. É um jogador altamente competitivo, que já entendeu que faz parte de uma equipe, mas sabe também da sua importância para o time. O mais importante é que a Seleção Brasileira e o Neymar estão se entendendo, ele sabe que não vai ganhar nada sozinho. Ele vai crescer na individualidade, mas na coletividade também”.
Sobre o futebol goiano, o treinador ressaltou duas peças que vem se destacando: Érik e Renan. “O Gallo tem total liberdade para trabalhar com a seleção olímpica, enquanto eu estou mais ligado realmente na profissional. Mas, sem dúvida, ele deve estar de olho, acompanhando o Érik. Está fazendo um excepcional Brasileiro e deve sim ter entrado no grupo de mira do Gallo, que fica de olho nos meninos dessa faixa de idade. Já sobre o Renan, ele tem uma história interessante já na Seleção, cresce muito quando está no grupo e pode sim ficar esperando”.
CONFIRA A ENTREVISTA NA ÍNTEGRA:
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PARTE 2: {mp3}DOWNLOAD/MATERIA_CHARLIE_COM_DUNGA_PARTE_2{/mp3}
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