Estudantes realizaram nesta quarta-feira (1º) em Goiânia uma manifestação de repúdio ao caso de estupro coletivo sofrido por uma jovem no último final de semana. Os jovens seguravam cartazes com mensagens de apoio às vítimas e gritavam palavras de ordem contra a cultura de estupro no Brasil.

O crime aconteceu no sábado (21) em uma comunidade da capital fluminense, mas só ganhou repercussão no meio da semana passada, após a divulgação de um vídeo com imagens da vítima na internet.

A estudante Maria Heloísa, de 17 anos, fez parte dos protestos na capital goiana desta quarta-feira. Ela desabafa que na escola em que estuda as meninas são proibidas de usar shorts, para evitar que homens cometam abuso sexual contra elas.

“A gente está aqui para falar ‘não se fechem, não se calem’. Vamos acabar com isso porque é horrível, é nojento. A gente tem que acabar com essa cultura machista, horrível, sexista. Brasileiras, vamos lá”, clama a estudante.

A indignação nacional foi estampada nas redes sociais, além das ruas de várias capitais pelo país. Mulheres e homens passaram a fazer campanha em favor da adolescente que foi estuprada no Rio. Em Goiânia, os manifestantes clamavam também por mais políticas públicas voltadas para as mulheres.

“Voltar o Ministério da Mulher, aumentar o número de aulas nos colégios, tanto de Ensino Médio quanto de Ensino Fundamental e até mesmo o Primário, para a importância da mulher, o quanto ela é importante, e como o homem deve respeitá-la do jeito que ela é, se veste. E não apenas a mulher, mas todas as outras pessoas. Homens, homossexuais, transexuais, enfim todos. Pois cada um tem o seu papel na sociedade”, ressalta.

Além das principais vias do Setor Central em Goiânia, as avenidas de São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro também protagonizaram um dia de ato público contra a cultura de estupro.

Com informações da repórter Giuliane Alves.