SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O dólar recuava contra o real nesta quinta-feira (7), fazendo pausa para respirar depois de um rali que levou a moeda norte-americana a novo pico desde o final de janeiro na véspera, em linha com sinais de alívio pontual na força do dólar nos mercados internacionais.

Às 9h11 (de Brasília), o dólar à vista recuava 0,52%, a R$ 5,3949 na venda.

Na B3, às 9h11 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,61%, a R$ 5,4295.

Na quarta-feira (6), houve volatilidade no mercado financeiro enquanto investidores esperavam pela divulgação da ata do Fed (Federal Reserve). O banco central americano divulgou no meio da tarde o relatório da reunião que, em 15 de junho, resultou na maior alta da taxa de juros no país desde 1994.

Analistas buscavam no documento pistas sobre os riscos de uma recessão nos Estados Unidos, cuja percepção poderia ser reforçada caso a ata sinalizasse claramente que a autoridade será igualmente ou ainda mais agressiva na sua próxima reunião, nos dias 26 e 27 deste mês. Esse temor não foi confirmado.

Bolsas internacionais, que amanheceram negativas, entregaram ganhos no fim do dia. A Bolsa de Valores brasileira também subiu. O índice de referência para as ações domésticas, o Ibovespa, avançou 0,43%, a 98.718 pontos.

Apesar disso, riscos do exterior e domésticos provocaram nova alta do dólar contra o real.

Além da alta da divisa americana, o preço de referência do barril do petróleo bruto chegou a ser negociado abaixo de US$ 100 (R$ 555), patamar ao qual a commodity não é rebaixada na sua cotação de fechamento desde 11 de abril.

A commodity cai sempre que existe a expectativa de redução na demanda por energia, o que seria uma das consequências de uma crise na economia mundial.

No Brasil, a queda da matéria-prima provocou uma baixa de 1,28% nas ações mais negociadas da Petrobras. A mineradora Vale, porém, fechou em alta, com o setor das commodities metálicas também melhorando o humor ao digerir a ata do Fed.

Em Nova York, o indicador de referência da Bolsa, o S&P 500, subiu 0,36%. O Dow Jones avançou 0,23%. O índice do setor de tecnologia, Nasdaq, ganhou 0,35%.

Na ata divulgada pelo Fed nesta quarta, a autoridade monetária reforça que a inflação foi a principal razão para a elevação de 0,75 ponto percentual dos juros de referência do país e que poderá seguir com o aperto ao crédito, caso a alta dos preços persista.

Esses são argumentos já mencionados pelo presidente da instituição, Jerome Powell, em declarações recentes.

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