O naufrágio de uma embarcação na ilha de Lampedusa, no Sul da Itália, deixou mais de 130 imigrantes africanos mortos nesta quinta-feira (3). Aproximadamente 500 pessoas estavam a bordo. Mergulhadores continuam procurando por corpos fora e dentro do barco.

A polícia italiana prendeu um homem, de nacionalidade tunisiana, suspeito de ser um dos responsáveis pela embarcação.

Sobreviventes contaram que estavam há várias horas em alto-mar e que como não conseguiam pedir ajuda, acenderam uma chama para serem localizados. A embarcação pegou fogo e vários imigrantes tiveram que se lançar ao mar. Em seguida, o barco virou.

A prefeita da ilha, Nicolini Giusi, classificou o acidente como “uma tragédia imensa”. Ela afirmou para televisões italianas que a todo momento chegavam barcos cheio de corpos de vítimas.

De acordo com a prefeita, as autoridades não sabem o que fazer “nem com os mortos nem com os vivos”. Ela contou que os corpos estão sendo colocados em um cais na pequena ilha, até que se encontrei outro lugar para armazená-los.

Há vários meses, Giusi tem denunciado a negligência das instituições europeias em relação ao drama dos imigrantes. “Não podem seguir vindo nestas condições. Se continuar assim é melhor ir pegá-los,” afirma.

O responsável pela Agência de Saúde de Palermo, Antonio Candela, que coordena as operações de assistência aos imigrantes resgatados, contou que 150 pessoas foram recuperadas, entre elas dezenas de crianças, além de mulheres grávidas.

Os imigrantes eram oriundos da Eritreia e da Somália. Entre 450 e 500 pessoas zarparam no litoral da Líbia.