Foram 85 dias de competição, 75 jogos até chegar a grande final. Quanto sofrimento. Jogos ruins, pouca técnica, pouca motivação, crises financeiras e baixa presença de público nas arquibancadas. A edição 71 do Campeonato Goiano caminhava para ser uma das mais sem graça de todos os tempos.
Até que veio o último jogo. Bom público, rivalidade, mobilização, alta participação dos torcedores nas arquibancadas e muita emoção. Um jogo de arrepiar. Dentro de campo, um Atlético muito intenso. Um Goiás querendo controlar o jogo. Muitas chances perdidas no primeiro tempo. Thiago Mendes/Rychely/Araújo desperdiçam chances incríveis dentro da grande área. Juninho/Diogo Campos/Jr Viçosa superavam os erros adversários.
A derrocada esmeraldina é medida em quatro momentos:
1. Araújo desperdiça pênalti, onde Márcio só teve o trabalho de adivinhar o canto para controlar a bola.
2. Juninho recebe passe rasteiro e sai nas costas da defesa em linha, o atacante finaliza bem e faz o gol. No entanto, o lance foi anulado pela arbitragem de forma equivocada.
3. Aos 38 minutos, Vitor dá um carrinho desnecessário e recebe o segundo cartão amarelo e sair de campo mais cedo. Pela segunda vez consecutiva o jogador é expulso em uma final. Com um a menos, Clayton Sales entra na vaga de Araújo.
4. Após uma sequência de boas defesas do Renan, Pedro Bambu cobra escanteio na cabeça de Lino que sobe mais que Jackson e Pedro Henrique para colocar a bola no contrapé do goleiro esmeraldino.
O título foi justo? Claro que sim. Por quê? Porque foi dentro do que estava previsto o regulamento aceito pelo Goiás sem nenhuma contestação no dia do Conselho Técnico por Marcelo Segurado que foi o representante do clube no evento promovido pela FGF. Reclamar de regulamento agora é transferir a responsabilidade de jogadores e técnico para algo que era comum a todos os participantes.
Ao invés de envolver em polêmicas irrelevantes, eu prefiro ficar com as palavras do presidente da FGF, André Pita, quando o questionei sobre a nota do Goianão 2014.
– “Hoje, eu dou nota 10. Emoção, competitividade, presença de público… De sábado para trás precisamos rever e prefiro não dar nota” avaliou o André Pita.
E este tem que ser o sentimento mesmo. Em 76 jogos – livrar apenas 1 não é suficiente e não podemos deixar o nosso campeonato cair no ostracismo. Que em 2015 possamos ter melhores investimentos, mais apoio, melhores condições de estrutura, mais gente nos estádios, mais emoção, mais competitividade, melhores ações de marketing, preços justos nos ingressos. No mais, parabéns ao Atlético Clube Goianiense pelo sucesso e todo o mérito por ter feito por merecer…
Parabéns a equipe e família da Rádio 730 pela transmissão durante a decisão do Campeonato Goiano. Em pesquisa realizada neste domingo no Serra Dourada, a cada 10 rádios ligados, 8 estavam ligados na 730. Muito obrigado pelo carinho, apoio e demonstração que sucesso só existe no trabalho em equipe e a força da 730 não está ligada a um ou outra pessoa e sim no trabalho em conjunto.
QUE VENHA O BRASILEIRÃO !!!!!