JOANA CUNHA SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Representantes de empresas de entrega por aplicativo levaram ao Ministério do Trabalho nesta terça (7) uma proposta para a modelagem de política pública para os entregadores.

Uma das sugestões é a criação de um banco de dados com as informações básicas dos entregadores, segundo o MID (Movimento Inovação Digital), que reúne mais de 170 empresas como Mercado Livre, Rappi, Loggi, Zé Delivery e Lalamove.

O MID, que participou da reunião com o ministério, afirma que sem esse desenho social, será difícil formular um pacote de benefícios que atenda entregadores e não provoque fuga das empresas. A avaliação é que ainda é necessário incluir informações como endereço e telefone nos cadastros oficiais, além de fazer um pente fino para identificar os trabalhadores que estão ativos nos apps.

“Acreditamos que vamos conseguir construir uma regulação que atenda os trabalhadores por aplicativo, governo e empresas. Partimos do diálogo democrático, algo que precisamos constantemente ressaltar como única saída para termos políticas públicas eficientes. E este governo é a esperança que temos para retomarmos essa premissa no Brasil. O primeiro passo é o poder público ouvir entregadores e motoristas que realmente estão nas ruas trabalhando”, disse Vitor Magnani, presidente do MID.

O governo vem fazendo encontros com o setor. No mês passado, em Davos (Suíça), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, conversou com o CEO da Uber, Dara Khosrowshahi. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, voltou a se reunir com executivos da empresa nesta quarta (9).

O iFood também já participou de conversas com a pasta. As duas gigantes do setor defendem publicamente a inclusão dos trabalhadores no regime previdenciário, mas a solução ainda é considerada insuficiente por representantes da categoria.

Leia mais: