O Mercosul, formado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai e Estados associados, completa 30 anos em 2021. Pela primeira vez, desde a criação do bloco, um dos países não aderiu a um comunicado divulgado após reunião de chefes de Estado.

Em reunião de cúpula virtual, os países do Mercosul decidiram prorrogar dois regimes especiais de importação, os chamados “ex-tarifários” e a lista de exceções à TEC, a Tarifa Externa Comum. O Uruguai vetou parte do comunicado final da reunião alegando divergências.

O país queria um aval para romper uma norma vigente desde 2000, que obriga o Mercosul a negociar tratados comerciais de forma conjunta. Com isso, teria autonomia para firmar acordos de forma individual, e avançar em negociações com a China.

Nesta quinta-feira (23), o professor de História e Geopolítica, Norberto Salomão, do podcast Sagres Internacional, analisa a postura de Montevidéu, capital uruguaia, ao quebrar um consenso de décadas dentro do Mercosul.

“O Uruguai diz que concordava com a redução das tarifas, desde que isso fosse atrelado à possibilidade de se fazer negócios bilaterais, ou seja, não houvesse necessidade de um acordo de bloco para fazer comércio com outro lugar. Então o Uruguai não assinou essa última intenção”, esclarece o professor. Confira a análise a seguir