Os efeitos da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) geraram amplas consequências no meio educacional. O primeiro semestre de 2020 teve, em grande parte, seu planejamento inicial comprometido, porém escolas e demais instituições de ensino souberam se readequar às novas necessidades e demandas para proporcionar uma educação de qualidade. Em entrevista ao programa Tom Maior da SagresTV, o advogado e especialista em Direito Educacional, Yuri Jackson, falou sobre a possibilidade da retomada das atividades presenciais após as férias de julho.

“No estado de Goiás nós vemos que o conselho está utilizando as normas e as diretrizes da Secretaria Estadual de Saúde. A secretaria, realmente, deu um parecer de que provavelmente as aulas podem voltar em agosto. Até la, as escolas precisam se programar e se atualizarem para quais serão as medidas de segurança e de saúde, necessárias para que as aulas retornem”, afirma Yuri Jackson.

Segundo a Secretaria de Estado da Educação (Seduc), a retomada das aulas presenciais deve acontecer em agosto de 2020, seguindo critérios e orientações contra o coronavírus. Um deles diz respeito à necessidade de os alunos comparecerem às aulas, aliada a uma flexibilidade da presença desses mesmos estudantes, o que tem sido chamado de “ensino híbrido”.

O Conselho Estadual de Saúde, bem como demais autoridades sanitárias, são os que possuem o respaldo para informar e orientar sobre os cuidados fundamentais para a não transmissão da doença após o recomeço das aulas. No Direito Educacional, existe o esclarecimento de dúvidas referentes ao processo de implantação de uma nova prática educacional, que deverá permanecer por tempo indeterminado.

“Até o momento não existe nenhuma lei, nenhuma norma publicada no Estado de Goiás. Nós não temos um padrão de quais serão as medidas a serem tomadas. A gente aguarda o posicionamento da Secretaria de Saúde sobre quais medidas serão necessárias”, relatou.

Entretanto, segundo Jackson, já há iniciativas sendo tomadas pelas escolas particulares. “A Fenep (Federação Nacional das Escolas Particulares) criou um protocolo de retomada das atividades, que inclui a ideia de que o ensino não vai poder ser totalmente presencial. O ensino vai continuar sendo feito à distância, intercalando-se com o presencial, o que a gente chama de ensino híbrido”, acrescenta o advogado.

Assista à entrevista na íntegra no Tom Maior desta sexta-feira, a partir de 1:00:00