Com o isolamento social, o varejo registrou uma perda de 36% no faturamento, e só não foi pior devido ao desempenho do comércio digital. Segundo dados da Neotrust/Compre&Confie, empresa de inteligência de mercado, entre abril e junho, mais de 5 milhões de clientes fizeram a primeira compra pela internet. Em entrevista ao programa Tom Maior da SagresTV, o advogado Rafael Maciel, especialista em Direito Digital e Proteção de Dados Pessoais, alerta aos consumidores os riscos e possiveis colpes em compras pela internet.

“O que os criminosos sempre utilizam são links que levam a pessoa para alguma página falsa, usando algum tipo de apelo social. Devido a pandemia, ocorreu um aumento muito grande com questão do auxílio emergencial, os benefícios sociais que eram ofertados, mandando links e orientações falsas. As pessoas recebendo isso por mensagem, acabam acreditando nesses links, clicando e preenchendo um cadastro falso… muitas pessoas ficaram esperando, achando que tinham se cadastrado no site original e nunca se quer tinha se cadastrado”, relata o advogado.

O golpe virtual mais comuns é o phishings, nome dado a prática que usa e-mail ou SMS para roubar informações do usuário.  Os criminosos enviam mensagens com informações que chamam a atenção do usuário. Ele clica em um link e, a partir daí, permite a captura dos dados pessoais. Rafael alerta que o primeiro passo é verificar a origem do link e ver se ele pertence a um domínio conhecido e se não há discrepância entre o nome do site e o endereço.

Para o advogado Rafael Maciel, esse período está sendo fundamental para os consumidores no meio online, mas os criminosos também estão se aproveitando disso, aumentando os golpes virtuais. “Quando a gente passa a utilizar cada vez mais a internet, é claro que os golpes também aumentam. Os criminosos estão muito atentos a nossa mudança de hábito, cada vez mais em home office, em ensino à distância e, também o comércio eletrônico, muitas lojas deixaram de vender fisicamente e migraram para o meio eletrônico”, afirma.

Assiata à entrevista na íntegra no Tom Maior #64