O cientista político e professor da Universidade Federal de Goiás, Francisco Tavares, nos estúdios da Sagres (Foto: Rubens Salomão/Sagres On)

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Os primeiros dois meses do governo de Ronaldo Caiado (DEM) têm duas marcas: o conflito com os servidores públicos em função do atraso no pagamento do salário de dezembro e a dificuldade de formar uma base na Assembleia Legislativa. A análise é do cientista político e professor da Universidade Federal de Goiás, Francisco Tavares, em entrevista à Sagres 730.

Para o analista político, a crise na relação do governo com uma parcela relevante da sociedade, em referência aos servidores públicos, não foi resolvido e pode dificultar o diálogo em momentos futuros. Ele observa ainda que a derrota do governador na escolha do presidente da Assembleia (seu candidato a presidente era o deputado Álvaro Guimarães, mas venceu Lissauer Vieira, do PSB, com apoio da oposição) deixa uma incógnita sobre como será a relação do governo com o Parlamento.

Francisco Tavares questiona ainda a aposta de Caiado em ajuda do governo federal. Ele observa que o ministro Paulo Guedes, com perfil ultraliberal, é defensor do Estado mínimo, de corte de gastos e que tem se negado a abrir os cofres até mesmo para ajudar seu governo.

“Esse ministro ultraliberal vai socorrer os Estados?”, questiona. Para ele, essa aposta de resolver a crise fiscal do Estado por Brasília pode não ser estratégica. O cientista político também analisa os dois primeiros meses do governo do presidente Jair Bolsonaro. Ele chama a atenção para o estilo do presidente de escolher as redes sociais como forma de pressão sobre o Congresso Nacional. Em democracias liberais, observa, o comum são governos construírem maiorias estáveis no Parlamento por meio de acordos com lideranças partidárias para formação dessas bases. Mas essa parece não ser a opção de Bolsonaro. A dúvida, diz, é se essa estratégia terá sucesso.

Confira o comentário de Cileide Alves

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