Junior Kamenach
Junior Kamenach
Jornalista, repórter do Sagres Online e apaixonado por futebol e esportes americanos - NFL, MLB e NBA

Especialista tira dúvidas sobre como utilizar métodos contraceptivos

No programa Tom Maior do Sistema Sagres de segunda-feira, 14, um dos temas da vez foi saúde reprodutiva e métodos contraceptivos. Em um país onde tabus ainda cercam a sexualidade e a autonomia da mulher, a ginecologista Fabrícia Fernanda foi a convidada para esclarecer mitos, destacar a importância da informação e reforçar o papel do acompanhamento médico no planejamento familiar.

Durante o programa, uma reportagem de rua colheu depoimentos sobre os métodos utilizados pelas mulheres e como se informam sobre o tema. A médica analisou as respostas e observou que muitos tabus ainda persistem.

“A gente percebe alguns tabus que aparecem também no consultório. É essencial conhecer os métodos anticoncepcionais e saber o que a mulher tem em mãos. E um ponto positivo foi ver alguém falando sobre o uso combinado de preservativo, que também previne contra doenças sexualmente transmissíveis”, comentou.

Além disso, a ginecologista afirmou que não há um método contraceptivo universal. “Não existe uma receita de bolo. O mais importante é a mulher escolher, com autonomia, o método que funciona melhor para ela. Pode ser que tomar um comprimido todo dia seja inviável para uma, mas que um método de longa duração, como um DIU, funcione perfeitamente”, explicou.

Evolução

Fabrícia também falou sobre a evolução dos métodos ao longo das décadas. “A revolução das pílulas começou nos anos 60. Hoje, os anticoncepcionais têm doses hormonais menores e menos efeitos colaterais. Mas todos os métodos têm vantagens e desvantagens”, disse.

Entre as dúvidas do público, surgiu a questão sobre os possíveis malefícios do anticoncepcional. A médica afirmou: “Não são vilões. Pelo contrário, há anticoncepcionais que são usados no tratamento de patologias, como sangramentos uterinos anormais e até acne. Um anticoncepcional bem indicado é um aliado na saúde da mulher”.

O alerta também foi feito sobre a combinação de anticoncepcionais e cigarro. “Cigarro não combina com saúde. E não só cigarro, o vape também. Qualquer medicamento, quando combinado com o cigarro, pode trazer riscos à saúde. Sempre incentivo minhas pacientes a pararem de fumar”, destacou.

Chip anticoncepcional

Sobre o popular “chip anticoncepcional”, ela foi direta: “Funciona, e muito. O Implanon, por exemplo, é um dos métodos mais eficazes. É um implante no braço, com duração de até três anos. Mas, como tudo, tem suas particularidades e não é indicado para todas. Por isso, é preciso avaliar caso a caso”.

Sendo assim, encerrando a participação, Fabrícia reforçou que a visita anual ao ginecologista é indispensável. “Seu ginecologista é seu amigo. A cada fase da vida, a mulher é diferente. O que servia há dez anos pode não ser mais o ideal hoje. Avaliação constante é fundamental. Mesmo métodos de longa duração exigem acompanhamento”, afirmou.

Além disso, ela também destacou o papel do SUS: “O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece métodos contraceptivos gratuitamente. Informação é poder. Uma mulher bem informada faz escolhas conscientes”.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 03 – Saúde e Bem-Estar

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