Foto: Johann Germano/Sagres On

O Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou nesta semana a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para o Ensino Médio. Foi a última etapa antes da homologação do documento, que servirá como orientação para os currículos de todas as escolas públicas e privadas do país. 

O documento define o conteúdo mínimo que será ensinado em todas as escolas do país, no ensino médio, públicas e privadas. Na prática, a BNCC deverá ser implementada até 2021. 

O presidente do Conselho Estadual de Educação, Marcos Elias Moreira; o presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino de Goiânia (SEPE), Flávio Roberto de Castro; e a professora da rede estadual de Educação e redatora de Matemática do Documento Curricular, Marlene Faria, debateram o tema no programa Super Sábado (8) desta semana. 

Marlene Faria aprovou a medida. “O currículo possibilita essa diversidade. A equipe que elaborou esse currículo se preocupou na formação desse sujeito que nós chamamos de estudante de forma integral, nas suas várias dimensões social, política, ética, moral, física, respeitando essas identidades locais e regionais”. 

Para Flávio Roberto de Castro, com a aprovação da nova BNCC, o uso dos livros didáticos está com os dias contados. “O livro didático vem perdendo espaço. Menos de 40% das adoções de livros é o sistema apostilado. Posso garantir que nos próximos anos nós não teremos mais livros didáticos, teremos plataformas de ensino. Com a aprovação da BNCC, temos também as diretrizes curriculares, e agora a educação brasileira tem a necessidade de passar por uma adaptação na formação dos professores, na formação continuada, e adaptação ao material didático”. 

O presidente do CEE, Marcos Elias Moreira, acredita que a decisão representa um avanço para a educação no país. “Sem dúvida estamos avançando. De certa forma se invertia as coisas. Ao invés de a Educação Básica definir o sistema de ingresso na Educação superior, definia-se na Educação Superior o essencial e o Ensino Médio se adequava a isso. Quando não acontecia nesse formato, era o livro didático que definia essa questão. Agora não”, argumenta. 

A BNCC tem como norte o novo ensino médio, aprovado em lei em 2017, que entre outras medidas, determina que os estudantes tenham, nessa etapa de ensino, uma parte do currículo comum e outra direcionada a um itinerário formativo, escolhida pelo próprio aluno, cuja ênfase poderá ser em linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas ou ensino técnico. 

Confira o debate na íntegra

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Marcos Elias Moreira, Marlene Faria e Flávio Roberto de Castro no Debate Super Sábado (Fotos: Johann Germano)