No Dia Internacional da Mãe Terra, o programa Tom Maior do Sistema Sagres recebeu o artista José Eduardo para falar sobre um projeto que une arte circense e preservação ambiental: o “Pachamama Show”, do grupo goiano Asas de Picadeiro. A proposta vai além do entretenimento: trata-se de um espetáculo que transforma a mágica em ferramenta de reflexão sobre o cuidado com o planeta.
“O Pachamama Show é um espetáculo do grupo Asas de Picadeiro que envolve mágica e uma pegada ecológica dentro do circo”, explicou José Eduardo. “A gente quer sair do tradicional, do coelho na cartola, e levar a mágica para uma ação transformadora. O que eu faço com esse lixo que está invadindo o planeta?”
A peça, que tem como personagem principal o palhaço mágico Sapeca, propõe o conceito de “mágica ecológica”. Em um dos momentos mais simbólicos, o artista transforma lixo em flores no palco, despertando no público a percepção de que a reciclagem pode, sim, gerar beleza e renovação.
Além do palco
A iniciativa, porém, não se limita ao palco. O projeto foi aprovado pelo edital Carequinha 2024 da FUNARTE e inclui uma turnê por aldeias indígenas do estado do Mato Grosso, onde acontecerão oficinas, apresentações e trocas culturais com os povos originários.
“A nossa proposta, para além de levar esse espetáculo, de levar oficinas, ações, fruição artística, é também receber o conhecimento que os povos originários têm do cuidado com a Mãe Terra”, destacou José Eduardo. “É um intercâmbio. A gente leva o circo, mas volta com sabedoria.”
O artista também falou sobre o conceito de “pedagomagia”, termo usado pelo coordenador do grupo, Manuel, para descrever esse modo de ensinar através da mágica e do lúdico. A ideia é que, ao ver uma sacola se transformar em flor, crianças e adultos passem a repensar seus hábitos e atitudes em relação ao meio ambiente.
“O espetáculo não é só a mágica pela mágica, o circo pelo circo”, reforçou. “É tentar avançar em questões que a gente ainda não evoluiu: como cuidar da Mãe Terra, como os povos cuidam, como a gente deveria cuidar.”
Além da apresentação marcada em Goiânia no dia 25 deste mês, o grupo prepara uma série de ações nas aldeias entre junho e agosto. José Eduardo admite que não conseguirá estar presente em todos os eventos, mas está “muito empolgado” com a jornada que se inicia. “Eu queria estar em todas as apresentações. Porque, além de levar algo, a gente vai aprender muito. A arte educa, transforma e emociona.”
*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 11 – Cidades e Comunidades Sustentáveis; ODS 12 – Consumo e Produção Responsáveis