Promotores responsáveis pelo combate ao crime organizado em Goiás entraram com uma representação na Corregedoria do Ministério Público do Estado para investigar se um software “espião” instalado em computadores do órgão foi utilizado para quebrar o sigilo de operações. A informação é do jornal O Estado de São Paulo. O programa teria sido detectado também em máquinas usadas por promotores que apuram as atividades da Delta Construções.

A representação, a que o Estado teve acesso, afirma que os computadores do órgão eram monitorados por um programa que “fotografava” a cada 30 segundos a tela.

 

A denúncia, segundo a reportagem do Jornal, teria sido encaminhada em 23 de maio. O caso foi descoberto em Itumbiara e outros promotores com atuação no combate ao crime organizado, também identificaram o programa.

 

Peritos de informática confirmaram a instalação do programa, que era autoexecutável e ficava oculto em todas as máquinas.

Ao Estado de São Paulo, o MP reconheceu o uso de dois programas nos computadores do órgão para suporte remoto. No entanto, de acordo com o diretor-geral, Frederico Guedes Coelho, o serviço foi certificado conforme o ISO 9001 e todos os documentos referentes aos programas são públicos desde julho de 2010.

Em entrevista ao Estado, o procurador-geral de Justiça de Goiás, Benedito Torres, negou a possibilidade de espionagem no Ministério Público Estadual. Ainda conforme o procurador-geral, o programa já existia quando assumiu o posto, em 2011.

Com informações do “Estado de São Paulo”.