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O governo estadual deve mesmo deixar o sistema de transporte coletivo da região metropolitana de Goiânia, informou à Sagres o presidente da Agência Goiana de Regulação (AGR), Eurípedes Barsaulfo, nesta terça-feira (12). Ele alega que o papel da agência é o de meramente validar os cálculos de reajuste da tarifa de ônibus, tarefa que não julga ser relevante.

Os prefeitos de Goiânia, Iris Rezende (MDB), e de Trindade, Jânio Darrot (PSDB), discordam da saída do Estado. Eles dizem que cabe ao Estado a gerência e fiscalização do transporte intermunicipal e querem que o governo reveja essa decisão. Está previsto um encontro do prefeito de Goiânia com o governador Ronaldo de Caiado (DEM) nesta sexta-feira (15) para discutir o assunto.

Presidente da Câmara Deliberativa do Transporte Coletivo (CDTC), Darrot acha o sistema tem de ser repensado caso se confirme a saída do Estado. Iris também demonstrou resistência. O prefeito disse à Sagres na sexta-feira (8) que ele tem competência da fazer ações relativas ao transporte [em Goiânia], mas reconhece que há atribuições do Estado, por exemplo, nas linhas intermunicipais.

Eurípedes Barsanulfo não vê problema nisso. Ele disse que se isso acontecer as linhas intermunicipais que compõem o transporte da região metropolitana passariam a ser geridas apenas pela CDTC. O presidente da AGR observa que participar da definição da tarifa do transporte é apenas um “desgaste” para o governo e que a saída é um desejo do governador Ronaldo Caiado.

A planilha de reajuste do transporte de 2019 já foi elaborada pela CMTC e prevê aumento da tarifa de 4 reais para 4,30 reais. A AGR agora analisar as planilhas para que a CDTC decida se vai ou não aplicar o reajuste.