Estudantes que ocupam o prédio da Universidade Federal de Goiás (UFG), no Câmpus Samambaia em Goiânia, decidiram manter o protesto e permanecer ocupando o local.

Mesmo com o pedido de reintegração de posse dos prédios ocupados na capital, Cidade de Goiás e em Catalão para esta quarta-feira (16), os alunos não saíram da instituição. O reitor da UFG, Orlando Amaral recebeu as reinvindicações, mas os alunos afirmam que não houve nenhuma negociação.

“Apresentamos as reivindicações ao reitor, aquelas que precisam ser atendidas para que haja um processo de desocupação, entre elas a suspensão do calendário letivo diante da situação de anormalidade que a gente vive do processo da PEC 55 (antiga PEC 241), a anistia de qualquer processo de perseguição contra os trabalhadores envolvidos no movimento. O reitor falou pra gente que não está fazendo negociação, apenas recebeu nossas reivindicações”, afirma um estudante.

Barricadas nas vias que dão acesso aos prédios do Campus Samambaia foram montados pelos estudantes. Eles estão desde o dia 25 de outubro protestando contra a proposta de emenda À constituição que limita os gastos públicos, e criticam o projeto de reforma do Ensino Médio.

Na decisão judicial de reintegração de posse, caso as dependências da universidade não sejam desocupadas, será aplicada multa diária de R$ 5 mil por pessoa envolvida no protesto. Os estudantes reforçam ainda que não irão desocupar a UFG enquanto não houver negociação.

“Não reconhecemos a legitimidade dessa decisão judicial porque ela diz que houve um processo de negociação que falhou. O próprio reitor admite que não iniciou e não vai iniciar nenhuma negociação conosco. Vamos sair quando houver negociação. O Judiciário não deve determinar questões políticas, de manifestação. Quem deve determinar isso são os atores políticos envolvidos, no caso, nós, a reitoria e o governo federal”, afirma o estudante, que não quis se identificar.

Com informações da repórter Giuliane Alves

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