Um estudo de pós-doutorado em curso na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da USP está investigando iniciativas de consolidação de terras indígenas no Mato Grosso do Sul e de comunidades ribeirinhas no Amazonas.

Este projeto será destacado no seminário intitulado ‘Radicalidade e Inovação em Áreas Protegidas no Brasil? Retomadas em Terras Indígenas e Territórios de Uso Comum à Luz da Conservação Convivial’, agendado para o dia 5 de abril, às 10 horas. O evento ocorrerá na sala 24 do Prédio de Filosofia e Ciências Sociais da FFLCH.

Durante o seminário, Henyo Barretto, doutor em Antropologia Social pela FFLCH, compartilhará detalhes de seu projeto, desenvolvido em colaboração com a organização indígena Terena Caianas (Coletivo Ambientalista Indígena de Ação para Natureza, Agroecologia e Sustentabilidade) e a ONG Instituto Internacional de Educação do Brasil.

Preservação da diversidade biológica e cultural

Segundo Barretto, o estudo aborda a preservação da diversidade biológica e cultural em meio às pressões estruturais do sistema econômico, às realidades socioecológicas violentas, às extinções de espécies em cascata e às políticas cada vez mais autoritárias que enfrentamos.

Utilizando o conceito de ‘convivialidade’, o projeto irá documentar e analisar a reconstrução da atual aldeia Mãe Terra do povo Terena, localizada na Terra Indígena Cachoeirinha, no Mato Grosso do Sul.

“Como um movimento autônomo que visa promover o reconhecimento oficial do seu direito à terra e que está na origem da referida organização Caianas, e suas experiências locais com etnoagroecologia”, exemplifica no projeto.

Iniciativa

A outra iniciativa que deverá ser acompanhada pela pesquisa é a iniciativa de garantir terras para comunidades ribeirinhas no Amazonas por meio de uma nova categoria de área protegida – os chamados territórios de uso comum.

A iniciativa surgiu em 2012, fruto da mobilização de uma rede de atores do movimento social, terceiro setor e esfera pública formal.

A conservação convivial trata de uma abordagem pós-capitalista de conservação, buscando promover justiça socioambiental e transformação estrutural.

*Com informações de Gabriela Varão do Jornal da USP

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 10 – Redução das Desigualdades

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