Os gaúchos deram mais uma demonstração de que representam a vanguarda do futebol brasileiro. Lembrando que os programas de sócio-torcedor, que hoje se espalham pelo Brasil, foram fomentados e ganharam ares profissionais no Rio Grande. Neste domingo (1º), Internacional e Grêmio disputaram o clássico de número 404. Graças a uma iniciativa da diretoria colorada, abraçada pela direção tricolor, prefeitura de Porto Alegre e Brigada Militar foi criado um setor misto no Beira-Rio, onde alvirrubros e gremistas acompanharam o jogo juntos.

Martin Luther King disse “o que me preocupa não é nem o grito dos corruptos, dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética… O que me preocupa é o silêncio dos bons”. Felizmente, os bons estão deixando só de reclamar e começam a agir no futebol brasileiro.

O Pernambuco também já realizou uma iniciativa prática em busca da paz. No clássico entre Sport e Náutico, disputado no dia 8 de fevereiro, mães de membros da torcida organizada do clube rubro-negro formaram o cordão de isolamento, deixando os tradicionais brigões em uma saia justa.

A diretoria do São Paulo anunciou que pretende seguir o exemplo do Internacional no jogo de volta pela primeira fase da Copa Libertadores contra o Corinthians.

Atitudes como estas deixam claro que o grande público do futebol quer paz, quer poder voltar a assistir jogos ao lado do amigo ou de familiares que torcem para o time rival, quer voltar a ver um comportamento civilizado.

E nós do futebol goiano, vamos ficar de braços cruzados? Não. Não vamos. Pelo menos neste blog, eu pretendo listar várias ideias para os nossos dirigentes, todas para a fomentação da paz. Eu vou encher o saco até que os homens de bem do nosso Estado, que gostam de futebol, quebrem o silêncio e orgulhem Luther King.

A primeira ideia vou adiantar aqui. Goiás e Vila Nova não disputam nenhuma competição em comum neste ano, mas isto não é motivo para deixar de buscar o congraçamento entre esmeraldinos e colorados. Porque não fazer uma rodada dupla durante estes Campeonatos Goianos, no Estádio Serra Dourada, na qual, o torcedor alviverde que comprar o ingresso seja obrigado a levar um vilanovense, e vice-versa? E que no Estádio houvesse um grande setor comum, onde as duas torcidas poderiam estar presentes, juntas.

Os torcedores de bem precisam reocupar o espaço que lhes pertence nas praças esportivas de Goiás. A paz e a civilidade não podem ser reféns destes bandos de valentões que em nada colaboram com o futebol e com a boa convivência.