Em entrevista ao jornal Estado de São Paulo, o analista de sistema Roberto Grobman afirmou que o deputado federal Gabriel Chalita (PMDB) recebeu pelo menos R$ 50 milhões de propina quando era secretário estadual de Educação de São Paulo entre 2002 e 2006, no governo Geraldo Alckmin. Ele era assessor do parlamentar na época em que era o titular da secretaria.

Grobman é ex-colaborador do Grupo COC (atual SEB) contou que Chalita cobrava 25% de empresas interessadas em firmar contrato com sua pasta. O denunciante ainda afirmou que tinha uma sala, um ramal e um e-mail da secretaria apesar de nunca ter sido nomeado oficialmente para algum cargo.

Segundo Grobman, ele próprio presenciou a entrega de dinheiro para Chalita, em caixas de papelão, pelo menos seis vezes. “Ele olhava aquilo eufórico, pegava o dinheiro e começava a distribuir aos auxiliares para que cumprissem missões,” detalha.

Resposta
Gabriel Chalita rechaça categoricamente as afirmações de seu acusador. Através de uma nota, ele desafia. “Qual o interesse deste senhor e quais são as provas de suas acusações?” O deputado questiona porque as denúncias surgem 10 anos depois que ele deixou o cargo na Secretaria de Educação, no governo de Geraldo Alckmin.

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB) adotou a mesma postura. Questiona porque a denúncia demorou tanto para aparecer. “”Tenho absoluta confiança (em Chalita), uma pessoa correta, séria e tem espírito publico. Confio no Chalita e confio no Ministério Público, que vai apurar e esclarecer”, afirmou Alckmin, na segunda-feira (26).