Quando o surto do novo coronavírus explodiu, a Coreia do Sul foi o segundo país registrar casos e mortes. A proximidade com a China e a falta de orientações na época levou a um grande número de contágios na região. Até a última atualização do governo local, foram 9.037 casos diagnosticados e 120 mortes, números que a princípio assustam, mas que crescem em um ritmo menor do que anteriormente.

Na segunda-feira (23), foi registrado o menor número de casos novos de coronavírus desde o pico de 29 de fevereiro no país. Diante de medidas mais severas e tecnologias para combater o contágio, a Coreia do Sul conseguiu desacelerar a disseminação. Posição que relatou Marlone, meia-atacante que passou pelo Goiás no ano passado e desde fevereiro defende o Suwon, da segunda divisão do Campeonato Sul-Coreano.

Marlone (Foto: Reprodução/Instagram)

 

A K League 2, que acontece normalmente entre os inícios de março e novembro, foi adiada por tempo indefinido, contudo o ex-jogador esmeraldino de 27 anos relatou em entrevista ao repórter André Rodrigues, da Sagres 730, que segue treinando. Marlone, que espera a chegada da esposa nesta semana na cidade, que fica a apenas 30 quilômetros da capital Seul e tem cerca de 1,2 milhões de habitantes,

“O que o governo tem nos comunicado é para realmente ficarmos em casa e aqui na Coreia tem um monitoramento de tudo. Através do chip que temos, chega mensagem de quantas pessoas estão infectadas e onde elas estavam circulando para termos prevenção e evitarmos esse vírus”, destacou o meia, que garantiu que “o clube está dando todo o suporte e estrutura que possamos ter. No nosso time não teve nenhum companheiro infectado e, se não me engano, aqui na Coreia também não teve nenhum atleta”.

Natural de Augustinópolis, no Tocantinópolis, onde moram seus pais, Marlone ressaltou que não pensou em voltar para o Brasil, “até porque o clube não deu folga e continuamos com nossos treinamentos. Aqui foi o começo do ‘furacão’, e claro que fiquei preocupado, mas passou três ou quatro semanas e já começamos a ter notícias boas e fiquei mais tranquilo. O meu desejo não era nem voltar para o Brasil, e sim que minha família viesse para perto de mim”.

O meia, que pelo Goiás na temporada passada disputou 33 jogos e marcou seis gols, afirmou que “é um momento de refletirmos. É um inimigo invisível que pegou todo mundo de surpresa, mas toda crise traz um ensinamento. Esse coronavírus pode trazer muitas coisas edificantes. Às vezes é uma oportunidade de resgatar aquilo que é da família, de sentar todo junto na mesa na hora do almoço e do jantar, então vejo que isso veio para trazer algumas lições. Que venha a ser um despertar em nós, porque creio que isso vai passar”.

marlone goias
Marlone no Goiás (Foto: Rosiron Rodrigues/GEC)

“Sei que existe um fim para tudo. Hoje aqui na Coreia a situação do coronavírus está bastante controlada, tanto que mantenho minha vida aqui. Vou no mercado e no shopping, coloco minha máscara, lavo bem minhas mãos e também evito ficar em aglomeração de pessoas. Mas aqui a pessoas estão vivendo normal, claro que com cuidado em tudo. Previsão não temos como falar, mas creio que daqui a pouco a cura vai vir, Deus vai usar alguém para uma vacina e com isso vem a solução para essa epidemia”, acrescentou.

Ouça na íntegra a entrevista com Marlone:

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