Conforme dados da OMS, Organização Mundial da Saúde, em 2024, o Brasil pode registrar mais de 73 mil novos casos de câncer de mama. O número chama ainda mais a atenção se for considerada a taxa de incidência de 41,90 de casos por 100 mil mulheres. No contexto do Outubro Rosa, exames genéticos e o diagnóstico precoce seguem sendo alternativas de prevenção e combate à doença, respectivamente.

Sinais

Segundo o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), os sintomas e sinais do câncer de mama normalmente são compostos por:

  • Caroço (nódulo), geralmente indolor;
  • Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja;
  • Alterações no bico do seio (mamilo);
  • Pequenos nódulos nas axilas ou pescoço;
  • Saída de líquido anormal das mamas. 

Vale destacar que, segundo o INCA, essas anormalidades devem ser analisadas por um médico o quanto antes, porém, podem não ser câncer de mama. O exame médico de rastreio é recomendado para mulheres a partir dos 40 anos de idade, ou aquelas com fatores de risco.

Prevenção

Com as novas tecnologias no campo da medicina, surgem testes como os painéis de Sequenciamento de Nova Geração (NG), os quais oferecem dados que permitem uma profunda avaliação de genes associados ao câncer. Dessa maneira, é possível identificar mutações que são decisivas para o diagnóstico e o tratamento.

Nayara Borba, biomédica, explica: ”O sequenciamento dos genes BRCA1 e BRCA2, por exemplo, é indispensável para investigar a predisposição hereditária ao câncer de mama e ovário, identificando variantes que possibilitam a adoção de condutas individualizadas, como medidas preventivas e tratamentos personalizados”.

Ainda conforme Nayara, as descobertas beneficiam não só o paciente, mas também auxiliam a prevenir a doença nos familiares: “A identificação de alterações genéticas hereditárias possibilita que parentes próximos sejam testados e monitorados de forma mais próxima, diminuindo significativamente o risco de novos casos”.

Para realizar a prevenção em larga escala e se proteger precocemente, os exames genéticos são imprescindíveis. De modo que, para realizar o teste, é necessário somente uma coleta de sangue

Combate em Goiás

Em outubro do ano passado (2023), a Universidade Federal de Goiás e o Estado de Goiás assinaram convênio, tornando o estado o primeiro a oferecer via SUS, Sistema Único de Saúde, o teste genético que detecta mutação genética em mulheres com câncer de mama e/ou ovário. Os testes são realizados no Centro de Genética Humana (Cegh), vinculado ao Instituto de Ciências Biológicas da UFG.

O exame investiga as bases presente nos genes BRCA 1 e 2, mencionados anteriormente, propiciando a detecção das mutações responsáveis pelo câncer de ovário e mama

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 03 – Saúde e Bem-Estar

Leia Mais