A arbitragem goiana vive um momento ímpar em sua história. Em 2016, além de ver o árbitro Wilton Pereira ser pré-selecionado para a Copa do Mundo, a federação recebeu também pela primeira vez a nomeação de um trio completo da FIFA. Wilton Pereira e o auxiliar Fabrício Vilarinho, que já tinham o escudo FIFA, receberam no quadro outro auxiliar, Bruno Pires.
Em entrevista exclusiva à Rádio 730, concedida ao repórter Murilo Nascente, o árbitro Wilton Pereira Sampaio falou sobre o atual momento da arbitragem e comemorou as boas notícias de 2016:
“É um bom momento da arbitragem goiana, principalmente em nível nacional. Tem muito árbitro goiano fazendo ótimos papéis nos campeonatos da CBF. Além disso, é a primeira vez que temos um trio completo goiano FIFA, comigo, com o Fabrício (Vilarinho) e o Bruno (Pires). É, sem dúvida, um avanço muito grande da arbitragem goiana”.
Trabalhando para ser eleito o árbitro brasileiro a apitar a Copa do Mundo de 2018, na Rússia, Wilton estreou em partidas de seleções na penúltima rodada das Eliminatórias, ao apitar na cidade de La Paz o jogo entre Bolívia x Colômbia. Ele fala sobre a experiência até então inédita:
“É uma grande experiência, confesso que fiquei surpreso com essa escala para eu apitar na Bolívia, mas fiz um jogo bom. Apitar em La Paz não é fácil, a altitude complica. Mas fizemos um bom trabalho, tivemos uma ótima avaliação da Fifa quanto à arbitragem. Pensando em apitar a Copa do Mundo e até a Copa América Centenário esse jogo foi um primeiro passe muito importante”.
VETO DO GOIÁS
Apesar do prestígio nacional e internacional, no cenário goiano Wilton Pereira enfrentou no início dessa temporada um problema envolvendo o Goiás, que após o trabalho de Wilton no clássico envolvendo Goiás e Atlético, pediu à Federação Goiana que Wilton não apitasse jogos do Verde, alegando que ele não teria condições psicológicas após as polêmicas do clássico.
Wilton dá sua versão dos fatos: “Não vou polemizar, sair no embate com dirigente de futebol. A minha conversa é com a Federação de Arbitragem, se ela achar que estou certo, ok, se não, eu acato o que eles me passarem. Mas eu tive o respaldo da Federação, todos sabem da minha qualidade, tanto que já apitei depois jogos de Libertadores e Eliminatórias”.
O árbitro completa garantindo não ter se abalado com o episódio e diz que apenas lamenta tudo o que aconteceu: “Estou tranquilo, não me incomoda. Só acho realmente uma grande pena tudo isso. Não vou ficar criticando ou polemizando com ninguém. Eu tenho a minha própria autocrítica e isso é o mais importante para mim”.
Os próximos passos de Wilton Pereira na caminhada rumo à Rússia 2018 é um seminário para os árbitros pré-selecionados para o mundial, que vai acontecer no final desde mês em Miami, nos Estados Unidos. O Goiano já havia participado também da pré-temporada internacional de arbitragem no início do ano, no Paraguai.
Ouça a entrevista:
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