A Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (FAEG) publicou nota na última noite em que se posiciona contra a proposta do governador Ronaldo Caiado (UB) de criar uma nova contribuição do agronegócio, que seria dedicada a investimentos em infraestrutura no estado. “Na atribuição de entidade representativa do setor rural, vem por meio desta nota se posicionar contra a proposta de criação de um imposto para o setor, formulada pelo Governo de Goiás”, define a entidade em texto assinado pelo presidente e deputado federal, José Mário Schreiner.
A Federação ainda rebate informação divulgada pelo governo no dia anterior, após reunião com produtores no Palácio Pedro Ludovico, de que participaria de comissão sobre a elaboração o projeto a ser enviado para a Assembleia Legislativa. “A Faeg afirma que não fez, e nem fará parte da comissão de análise deste projeto. A realidade do campo requer cautela, uma vez que os custos de produção têm se elevado cada vez mais e os produtores dos diversos segmentos da agricultura e pecuária têm lutado para não operar no prejuízo”, explica a nota.
“Com isso, uma taxação a mais poderia inviabilizar o setor agropecuário, gerando índices de desemprego e freando o desenvolvimento tão necessário para a sociedade, o estado e o país. O momento é de incertezas para o produtor rural. Além do constante risco climático que atinge todas as atividades produtivas, o setor ainda se encontra envolto em dúvidas quanto ao direcionamento de políticas públicas nacionais. Sabemos da necessidade de se investir em infraestrutura no estado, (…) no entanto, não é momento de se pensar em mais custos, é preciso pensar em mais estímulos para produção”, conclui José Mário.

Resistência prévia
A posição contra da principal entidade representativa do setor em Goiás dá o tom de reunião prevista para esta quarta-feira (09) entre o governador e deputados estaduais da base aliada. A intenção é apresentas as matérias prioritárias para o fim do ano, inclusive a criação de taxa para o agro.
Diálogo
“Com certeza, vai ser dialogado, como já foi dialogado com o setor e entidades representativas, para podermos amadurecer mais essa ideia. O estado precisa andar, seguir em frente, principalmente no que tange à infraestrutura. Vamos conversar para achar um ponto de equilíbrio”, antecipou o presidente da Alego e produtor rural, Lissauer Vieira (PSD).
Reinterpretação
A Assembleia Legislativa aprovou, por unanimidade, o relatório do Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE) relativo às contas dos mandatos dos ex-governadores Marconi Perillo (PSDB) e José Eliton (PSB) em 2018. Foram 27 votos favoráveis e nenhum contrário, nesta terça-feira (8).
Discurso
Marconi comemorou a aprovação pelas redes sociais. “Enquanto fui governador de Goiás, sempre priorizei que todas as despesas orçamentárias do Estado com saúde, educação e segurança fossem cumpridas à risca pelo corpo de secretários e técnicos que compunham as pastas da administração”, disse o ex-governador.
Cumprimento
“Mais uma confirmação de que todas despesas constitucionais vinculadas ao orçamento durante os anos que estive à frente do governo estadual foram todas cumpridas”, concluiu Perillo. A aprovação contrasta com o discurso do governador Ronaldo Caiado e de deputados da base aliada sobre a situação encontrada em Goiás em janeiro de 2019.
Distribuição
Foi aprovada em primeira votação proposta da deputada estadual Lêda Borges (PSDB), federal eleita, para instituir o Programa de Fornecimento de Absorventes Higiênicos nas escolas públicas do estado de Goiás. O texto ainda precisa da segunda votação em plenário e da sanção do governador para se tornar Lei.
Justifique
De acordo com a proposta, “o Poder Executivo promoverá o fornecimento e a distribuição dos absorventes higiênicos em quantidade adequada às necessidades das estudantes, por meio de máquinas de reposição, instaladas nos banheiros das escolas da Rede Pública Estadual”. Ainda conforme o projeto de lei, o programa busca prevenção e riscos de doenças, além de combater a evasão escolar.
Inspiração
Na justificativa, Lêda afirma que se trata “de iniciativa inspirada em proposta aprovada pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro (RJ), de autoria do vereador Leonel Brizola Neto, e que expressa a realidade vivenciada por inúmeras estudantes mulheres de baixa renda em todo o Brasil e também no estado de Goiás”