A terça-feira foi de polêmica na Assembléia Legislativa devido a votação do projeto do Plano de Cargos e Salários de sete categorias no Estado. Destaque para os servidores do DETRAN, que lotaram as galerias da casa.

Segue o embate entre deputados que compõe a base do governo e parlamentares ligados ao governador eleito Marconi Perillo (PSDB). Os governistas afirmam que o projeto não terá impacto nas contas do Estado, já os tucanos argumentam que o projeto foi apresentado no curso do processo eleitoral e pedem um parecer sobre o impacto financeiro para o governo.

Pelo menos 30 parlamentares estavam em plenário no momento da leitura do projeto, mas o bloco contrário à matéria foi esvaziando aos poucos a casa. Ficaram apenas 16 parlamentares. Resultado: Não houve quorum.

O líder do governo, Ernesto Roller (PP) diz que a manobra partiu do PSDB. “Este argumento deles é pífio. O projeto está há quase 60 dias na casa e no dia da votação, o deputado vem dizer que precisa de manifestação da procuradoria, tendo votado favorável em 1ª votação. Por que não pediu isso antes?”, questionou.

O petista Mauro Rubem, que deve integrar a bancada de oposição ao próximo governo, também afirma que a matéria não traz impacto financeiro. “São direitos já negociados no Plano de Carreira. Estamos vendo que o futuro governador quer fazer reestruturação arrochando o salário do servidor e retirando direitos”, acusou.

O principal crítico do projeto, Daniel Goulart (PSDB), aliado de Marconi Perillo, não saiu do plenário e, em entrevista, argumentou que não foi apresentado o parecer da procuradoria a respeito do impacto financeiro do projeto. “Os servidores tem a sua razão, mas o parlamentar precisa de segurança para votar o projeto”, justificou.