A Seleção Brasileira que enfrenta a Austrália neste sábado, às 16h15, no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, segue indefinida. Depois de Oscar sofrer uma lesão no tornozelo no treino da tarde de quinta-feira, o técnico Luís Felipe Scolari se mostrou pessimista quanto a utilização do meia na partida. Outra dúvida também é para uma posição no ataque, disputada por Bernard e Alexandre Pato.

O Oscar dificilmente terá condições, mas não posso vetá-lo hoje, porque ele vem fazendo um trabalho intensivo de recuperação, e pela dedicação dele, não descarto a possibilidade, mas se tiver algum risco, ele não joga. Todos os jogadores que jogam nessa posição estão sendo observados. Amanhã, se não tiver o Oscar, tenho o Ramires, que joga nessa posição, tenho uma possibilidade de jogar num sistema diferente, abrindo quatro jogadores de meio e dois atacantes, por exemplo”

Qualquer que seja a equipe que entre em campo, Felipão ressaltou que espera ver uma Seleção com o mesmo espírito mostrando durante a Copa das Confederações: um time ousado e brigador. E para isso, espera ver também a mesma postura na arquibancada do Mané Garrincha: uma torcida orgulhosa e que joga junto. Assim como em Junho, um grande protesto está agendado para este sábado em Brasilia, o treinador sabe disso, mas acredita que a torcida sabe diferenciar a política do futebol.

Felipão MOWA“Sim, naturalmente, nós começamos aqui contra o Japão e depois foi seguido em Fortaleza, Bahia, Minas, todo mundo seguiu mais ou menos aquilo que o coração mandava naquele momento. Fora de campo, nós nunca tivemos um problema. As pessoas tem sabido discernir que nós estamos aqui para fazer nosso trabalho pela Seleção, jogar futebol e nós não vamos nos manifestar, contrários ou a favor de nada. Viemos para jogar futebol, essa é a nossa incumbência e esperamos que, novamente, saiamos de Brasília com o espirito de brasilidade”

Pela primeira vez, o treinador canarinho falou abertamente sobre a composição do grupo de 23 jogadores que vai representar o país na Copa do Mundo 2014. Felipão voltou a garantir que o elenco não está fechado, mas deu a entende que existem apenas cinco vagas para outros atletas. Por isso, revelou que vai testar outros jogadores, que ainda não foram convocados, nos próximos amistosos.

“Eu não tenho um grupo fechado. Se eu fosse ser objetivo e analisar bem, eu devo ter 17 ou 18 jogadores que eu imagino que não tenha que trocar, porque eles me dão aquilo que eu desejo. Eu ainda busco, quem sabe, duas, três ou quatro posições para completar o número de 22 ou 23 que eu diga assim: ‘estou satisfeito’. Por isso, reafirmo: vou fazer algumas observações nos próximos quatro amistosos. Três, quatro ou cinco jogadores novos serão chamados, eu preciso observá-los. Não tenho um grupo fechado e vou fechar no fim do ano, provavelmente”