Vítima de injúria racial no clássico contra o Atlético Clube Goianiense, disputado no dia 1º de maio no estádio Antônio Accioly, pelo 1º turno do Brasileirão, o meia Fellipe Bastos, do Goiás Esporte Clube, comentou a punição aplicada pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva ao clube campineiro em julgamento realizado na semana passada, com o pagamento de multa de R$ 50 mil e perda um mando de campo – que já foi revertida com um efeito suspensivo.

“Achei a punição deveria existir, mais ainda vejo como branda, com a perda de um mando de campo e o valor para o clube é irrisório, mas a gente deve acrescentar que antigamente nem se punia, mas agora tá punindo. Espero que a punição venha mais rigorosa, não só para o Atlético (Goianiense), mas para outros clubes. Agora, neste fim de semana, aconteceu de novo com o Athletico e São Paulo”, disse Fellipe Bastos.

A defesa do Atlético Goianiense já recorreu da decisão da 2ª Comissão Disciplinar e agora o julgamento vai será no Tribunal Pleno do STJD. Fellipe espera que os auditores mantenham a punição como forma de inibir outros casos parecidos. “Que as punições sejam mais rigorosas e que as pessoas de inibam de ficar fazendo isso, que é tão feio. Espero que o Pleno (Tribunal) mantenha a punição e que a gente evolua como ser humano”, acrescentou o jogador, que ainda aguarda a conclusão do inquérito pela Polícia Civil.

Palmeiras

Suspenso na vitória contra o Coritiba por 1 a 0 no último sábado, Fellipe Bastos está à disposição para o jogo do próximo domingo contra o Palmeiras em São Paulo. Só com o Brasileirão no calendário, diferente do adversário que nesta quarta-feira enfrenta o Atlético Mineiro pela Copa Libertadores, o experiente meia esmeraldino acha que o Goiás pode chegar mais “inteiro” fisicamente.

“Com certeza. Na questão física, acho que chegamos bem preparado para esses jogos. Ainda neste agora, sendo em um campo diferente daquilo que estamos acostumados, pois é grama sintética, mais rápido, ainda mais contra um adversário que tá disputando também a Libertadores, que sabemos, tem jogos com muita intensidade. Temos que ter atenção e quem sabe fazer um bom jogo, pois temos uma semana cheia, então vamos para os jogos mais preparados. Vamos tentar, pelo menos, arrancar pontos do líder”, analisou Fellipe, que aproveitou para fazer um alerta sobre o início do jogo no Allianz Parque.

“Eles vêm como uma avalanche nos primeiros 10 minutos, até o adversário se acostumar com o campo, então quando você vê, o Palmeiras já tá ganhando por 2 ou 3 a 0, aí fica mais difícil de recuperar. Temos que nos acostumar rápido ao campo, pra então entrar mais ligado”.

Concentração

No primeiro turno, Goiás e Palmeiras empataram por 1 a 1 na Serrinha. Contra outro time postulante ao título, o Atlético Mineiro, o Verdão também empatou – 2 a 2. Nas duas ocasiões, o time comandado por Jair Ventura, esteve à frente no placar e por pouco não saiu com vitória. Também conseguiu pontos contra times que estão em cima, como na vitória por 2 a 1 diante do Athletico e no empate com o Bragantino. Na teoria, jogos em que o esmeraldino não era considerado favorito, porém Fellipe tem uma explicação.

“Nosso nível de concentração deve ser igual em todos os jogos, mas contra equipes que estão brigando na parte de cima da tabela, a nossa concentração aumenta e a gente entra muito ligado nos jogos. Sabemos que devemos manter o nível em todos os jogos, mas esses jogos são especiais. Contra o Fluminense a gente também fez um excelente jogo, assim como contra o Athletico, que tá brigando na parte de cima da tabela. Está aí o diferencial, talvez se a gente mantivesse esse nível de concentração nos outros jogos, poderíamos estar brigando na parte de cima da tabela. Isso deve ser conversado, porque nosso grupo tem muito jogadores jovens, disputando pela primeira vez a Série A. Porém isso que nos dá confiança para enfrentar o Palmeiras, mesmo sabendo das dificuldades”, finalizou.