Neste domingo (14), às 11h, Flamengo e Goiás se enfrentarão em partida válida pela 10ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série A. Como não poderia deixar de ser diferente, as Feras do Kajuru irão invadir o Maracanã para transmitir o confronto com dez profissionais presentes ao vivo no Templo do Futebol através da Rádio Sagres 730. Inclusive, o time estará reforçado com a pioneira comentarista de arbitragem Nadine Bastos que atua nos canais da Fox TV.
Árbitra assistente da CBF por uma década, a catarinense analisou a equipe escalada para arbitrar o duelo entre rubro-negros e esmeraldinos neste domingo, que será comandada pelo potiguar Caio Max Augusto Vieira. “Ainda é considerado um árbitro jovem, pois passa pelo processo de renovação da arbitragem brasileira. Começou a apitar jogos da Série A do Campeonato Brasileiro em 2017 e desde então ganhou confiança da comissão de arbitragem”, destaca Nadine.
“Em 2019, apitou seis jogos pela Copa do Brasil e quatro jogos pela Série A do Campeonato Brasileiro como árbitro principal. Inclusive, apitou o jogo da abertura do campeonato, na partida entre São Paulo e Botafogo. Uma das características positivas do jovem árbitro é o seu posicionamento em campo. Sempre está muito próximo da jogada, o que facilita o seu trabalho, e também passa segurança nas marcações”, acrescenta.
O potiguar terá suporte com o árbitro de vídeo comandado por Rodrigo D’Alonso Ferreira, de Santa Catarina, enquanto seus assistentes no campo serão o mineiro Guilherme Dias Camilo e o sul-mato-grossense Eduardo Gonçalves da Cruz. Nadine ressalta que Guilherme “pertence ao quadro da Fifa e foi considerado o melhor árbitro assistente do Campeonato Brasileiro em 2017. É um árbitro super experiente e ajuda a passar segurança para o árbitro central. Eduardo também já pertenceu ao quadro da Fifa”.
Ainda novidade para muitos, embora esteja funcionando no Brasileirão desde o início da temporada, o VAR também foi pauta para a comentarista. “O árbitro de vídeo é algo que veio para ficar e não tem mais volta, só que ainda há necessidade de muita melhora no uso da tecnologia”, pondera a catarinense, já que “em todas competições houve divergências em relação a alguns lances. O problema não está com a tecnologia, e sim com o critério da arbitragem. Com o que está sendo passado para os árbitros”.
Nadine frisa que um grande problema para a falta de critérios são os cursos aplicados em diferentes países, algo observado durante esta Copa América, em que muitos árbitros não entraram em consenso acerca dos critérios, principalmente em lances específicos, como em casos de penalidade máxima. “Talvez a culpa não esteja somente nos árbitros, e sim em relação a instrução ao que está sendo passado para eles”.
“Esse conflito precisa ser melhorado e a padronização dos critérios também. Ainda precisa evoluir muito para que se possa ter um futebol mais justo, que é o objetivo da tecnologia: o máximo de benefício com o mínimo de interferência. Mas acredito que em um futuro breve tenhamos uma evolução, como já tivemos a partir da primeira rodada do Brasileirão com o tempo tomado para decisão de um lance, isso melhorou muito”, analisa Nadine, que repete, “a tecnologia é algo que veio para ficar e não tem mais volta”.