O Goianão chegou à oitava rodada, e as polêmicas em relação a arbitragem já estão em evidência. Para citar os lances mais recentes, no clássico entre Atlético-GO e Vila Nova rendeu dois lances que geraram muitas discussões, e na última rodada, os dirigentes do Goiás reclamaram muito da atuação de Jocilê Pires na partida contra o Goianésia. O mesmo aconteceu com os atleticanos, em relação a Wellington Branquinho no jogo contra o Crac.

 

Várias foram as declarações repreendendo o desempenho dos árbitros, às vezes até colocando em dúvida a idoneidade de alguns. Mas a Federação Goiana de Futebol (FGF), e os árbitros goianos não tem a mesma visão. “A minha análise primária, em cima de um aval do Comitê, é uma análise positiva, em virtude de que a partir da sétima e da oitava rodada que começaram a ter algumas insurgências, alguns detalhes técnicos”, avaliou Flávio Kanitz, um dos membros do Comitê de Arbitragem da FGF, em entrevista ao repórter da RÁDIO 730, Vinícius Moura.

Ao analisar alguns dos lances polêmicos, Flávio destacou a expulsão do volante do Goiás, Carlos Alberto, que foi o principal motivo de reclamação dos esmeraldinos em relação ao árbitro Jocilê Pires. “Ele poderia ter sido expulso no primeiro cartão amarelo. No meu ponto de vista foi erro do árbitro, porque a jogada que o atleta fez em relação ao adversário foi uma falta por trás com carrinho, que nem precisava pensar duas vezes. As imagens, no meu ponto de vista, foram claras”, disse Kanitz.

Dificuldades

O presidente da FGF, André Pitta, reconhece que houve erros, como há em qualquer campeonato. Segundo ele, a estrutura dada à arbitragem não permite que a categoria evolua como se espera. “A gente constata que realmente precisa de melhorias, mas como eu sempre faço questão de frisar ao falar sobre arbitragem, a arbitragem vem sofrendo com dificuldades, não a nível de Goiás, mas a nível de Brasil e mundo, até porque a estrutura que é dada para a arbitragem, infelizmente de acordo com a legislação acaba dificultando”, destacou.

“Temos tido um trabalho que tem sido bastante intenso, mas como não estamos em um trabalho de renovação acaba dificultando um pouco mais com o árbitro jovem, a pressão acaba sendo maior, então nós estamos lutando contra todas essas dificuldades, e esperamos que isso venha melhorar no decorrer da competição”, complementou André, também em entrevista ao repórter da RÁDIO 730, Vinícius Moura. 

Possibilidade de dois árbitros descartada

Questionado sobre a possibilidade de escalar dois árbitros a mais, um atrás de cada gol, André Pitta foi categórico em dizer que este é uma alternativa que não será utilizado. Segundo ele, para integrar os juízes auxiliares, é necessário comunicar a FIFA e pedir autorização à entidade. Os árbitros atrás dos gols já estão sendo testados no Campeonato Carioca, e também em alguns torneios europeus. E com base nestes testes feitos em outros torneios Pitta já se mostrou um pouco contrário aos árbitros a mais.

“Acho que acaba causando algumas outras polêmicas que na nossa forma de ver, não é ainda a melhor alternativa. Vamos aguardar que outros estados façam a experiência. Eu acho que é um risco que a gente acaba correndo é de aumentar a polêmica, até porque a FIFA ainda tem uma dificuldade em reconhecer esses árbitros atrás do gol para que eles possam decidir algum tipo de lance”, declarou.