A fibrose pulmonar atinge de 0,22 a 17,4 pessoas a cada 100 mil. A enfermidade é mais comum em homens acima de 60 anos, fumantes e ex-fumantes. Entre os sintomas mais comuns, estão a falta de ar e a tosse, e forma cicatrizes nos pulmões, como explica o pneumologista Alexandre Kawasaki, em entrevista ao Sagres em Tom Maior desta quinta-feira (24).

“O problema é que essa é uma doença incurável e progressiva, ou seja, ao longo do tempo essas cicatrizes vão aumentando e acometendo cada vez mais o pulmão e a pessoa começa a ter dificuldade para respirar”, esclarece.

Entre as dezenas de tipos de fibroses pulmonares está a idiopática, ainda bastante desconhecida na ciência. “Esse termo idiopática quer dizer sem causa conhecida. É uma doença que a gente não consegue explica muito bem de onde ela vem. A gente sabe que existe uma relação com o tabagismo, por exemplo, tem alguns sinais de que ambientes poluídos nas cidades possam ter uma maior frequência dessa doença”, analisa.

O diagnóstico pode ser feito pela combinação do histórico clínico do paciente, tomografia computadorizada de alta resolução e, em alguns casos, uma biópsia pulmonar cirúrgica pode ser necessária. A correta identificação da doença é fundamental para iniciar o tratamento adequado do paciente, com medicamentos antifibróticos, por exemplo.

“São medicamentos de uso contínuo que conseguem reduzir a formação de cicatrizes progressivas no pulmão”, pontua. Ouça a entrevista na íntegra