A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) encerra nesta sexta-feira (10) uma ação de fiscalização em transportes interestaduais clandestinos. No total, 30 ônibus foram fiscalizados, sendo que 12 foram apreendidos. Além disso, mais de 20 multas foram aplicadas. Para o coordenador de fiscalização da ANTT, Hugo Leonardo Rodrigues, contratar esses serviços de viagens é colocar a própria vida em risco.

“Muitas vezes o veículo não tem a manutenção adequada. Eles não costumam ter os equipamentos de segurança adequando, como extintores e cintos de segurança. Além disso, esses ônibus costumam viajar com pneus carecas e sem estepe. Assim, caso aconteça algo na estrada não há suporte. Outra preocupação é que em muitas das vezes o motorista não tem o curso obrigatório para transporte de passageiros”, ressalta.

De acordo com um levantamento da Confederação Nacional de Transporte (CNT), em 2020 foram registrados 51 acidentes com ônibus nas rodovias federais goianas. No total seis pessoas morreram. Diante desses dados a atuação da ANTT é de fiscalizar a qualidade dos ônibus que circulam nessas rodovias e os cuidados da agência com seus motoristas e passageiros. A ANTT possui uma séria de regulamentos que precisam ser seguidos pelos ônibus para circular em segurança. Contudo, o alto custo para a empresa manter um transporte dentro dos padrões corretos acaba incentivando a clandestinidade. Para Hugo Leonardo, esses investimentos é a maior causa para criação de novas empresas clandestinas.

“A empresa regular possui algumas obrigações por lei, como a questão de gratuidade para idoso, deficientes e jovens de baixa renda. Na clandestinidade não existe isso. Tem a questão também da frequência mínima. As empresas clandestinas não são obrigadas a operar com baixa demanda. Então, eles só saem com carro cheio”, pontua o coordenador de fiscalização da ANTT.

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