O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa, o deputado Mauro Rubem (PT), esteve presente no fórum, e disse que os temas discutidos devem ser levados para o parlamento estadual e abordados pelos deputados. “Nós precisamos mudar o sistema de segurança pública, ele entrou em colapso, ele é insuficiente para poder responder as necessidades da sociedade”, comenta Mauro Rubem, em entrevista ao repórter da RÁDIO 730, Samuel Straioto.
“Precisamos mudar radicalmente a formação na academia da segurança pública aqui, que está desatualizado. Precisamos entender que não existe segurança pública sem direitos humanos, e que não existem direitos humanos sem segurança pública, e a Assembleia Legislativa é fundamental nesse processo”, argumenta o petista.
O superintendente de Políticas da Secretaria Estadual Segurança Pública, Rogério Santana, avalia que a importância do Fórum está em ouvir sugestões dos participantes para serem aplicadas no dia a dia das polícias e da própria secretaria. “Vamos acatar todas as sugestões que vierem de encontro com os interesses da sociedade“, gararante.
Mudanças
O presidente da OAB-GO, Henrique Tibúrcio, ressalta que estas discussões durante o fórum devem provocar mudanças na estrutura e na forma de se fazer segurança pública no Estado. “Nós sabemos que uma política de segurança pública não é só uma política repressiva. Ela precisa envolver vários setores e a própria sociedade civil, em geral, que é quem sofre as conseqüências disso”, avalia.
Henrique reforçou que tais encontros devem ser permanentes, para que a avaliação seja constante e, com isso, as mudanças sejam feitas. A intenção é que o fórum seja mensal. Na mesma linha, o vice-presidente do Conselho Federal da OAB nacional, Alberto de Paula Machado, já aponta várias medidas a serem adotadas como políticas de estado de segurança pública.
“Em primeiro lugar a questão do aparato policial. Sabemos que o aparato policial ainda é insuficiente, de um geral em todo o Brasil é preciso o reaparelhamento da polícia. É preciso um controle ético da polícia, não se pode imaginar uma polícia aparelhada equipada com policias que tem problemas de corrupção”, enaltece.
“É preciso ter um trabalho em relação à educação nos presídios, não adianta colocar presos em masmorras porque eles saem de lá muito mais violentos do que eles entraram. Então é preciso de um conjunto de ações”, acrescenta.