O programa Fraternidade em Ação desta semana repercute os assuntos que remetem à reflexão sobre o mundo, a vida e a paz de espírito.
O dominical vai ao ar às 9h DA MANHÃ, após o Raiz Brasileira com Justino Guedes, e tem a apresentação de Sebastião Ribeiro, Monica Fernanda, Jonathas Procópio e William Batista.
Edição e montagem: Roberval Silva ( voluntários).
Um oferecimento do Centro Espírita Caridade O Caminho.
NESTE DOMINGO AS NOVE HORAS DA MANHÃ NA RÁDIO SAGRES 730
Ouça na íntegra:
Confira o tema do programa desta semana:
HUMILDADE
Livro Escrínio de luz
Espírito Emmanuel
Médium Chico Xavier
Lição 24
Humildade
Por humilhar-se, no seio da terra, a semente aprende a morrer para renovar-se, enriquecendo o celeiro.
Por rebaixar-se de nível, a fim de ajudar, o grande rio faz-se pai das fontes e dos córregos, suportando todos os detritos e garantindo a economia dos continentes, a caminho do mar.
Por se ocultarem no subsolo, as raízes sustentam as árvores que são a fartura do mundo.
Por sofrer resignado, o óleo escuro converte-se em luz no pavio incandescente.
Por obedecer ao pensamento do oleiro, ergue-se a argila em vaso precioso.
Por curvar-se ante a ventania, a erva tenra consegue sobreviver à passagem da tormenta.
Por esconder-se solitária, sob o chão, a rocha alimenta a beleza do vale.
Humilha-te, engrandecendo a vida que te cerca, e a vida te exaltará.
Por isso mesmo, o Mestre Maior de Todos preferiu sofrer e dobrar-se na cruz, porque, com a grandeza imortal do sacrifício, construiu o caminho para a redenção de todas as criaturas.
Livro Antologia mediúnica do Natal — Autores diversos
Espírito Emmanuel
Médium Chico Xavier
Lição 13
Humildade celeste
Ninguém mais humilde que Ele, o Divino Governador da Terra.
Podia eleger um palácio para a glória do nascimento, mas preferiu sem mágoa a manjedoura simples.
Podia reclamar os princípios da cultura para o seu ministério de paz e redenção; contudo, preferiu pescadores singelos para instrumentos sublimes do seu verbo de luz.
Podia articular defesa irresistível a fim de dominar a governança política; no entanto, preferiu render-se à autoridade, presente em sua época, ensinando que o homem deve entregar ao mundo o que ao mundo pertence, e a Deus o que é de Deus.
Podia banir de pronto do colégio apostólico o amigo invigilante, mas preferiu que Judas conseguisse os seus fins, lamentáveis e escusos, descerrando-lhe aos pés o caminho melhor.
Podia erguer-se ao Sol da plena vida eterna, sem voltar-se jamais ao convívio humilhante daqueles que o feriram nos tormentos da cruz; no entanto, preferiu regressar para o mundo, estendendo de novo as mãos alvas e puras aos ingratos da véspera.
Podia constranger o Espírito de Saulo a receber-lhe as ordens, mas preferiu surgir-lhe qual companheiro anônimo, rogando-lhe acordar, meditar e servir, em favor de si mesmo.
Em Cristo, fulge sempre a humildade celeste, pela qual aprendemos que, quanto mais poder, mais amplo o trilho augusto aberto às nossas almas para que nos façamos, não apenas humildes pelos padrões da Terra, mas humildes enfim pelos padrões de Deus.
Livro Pensamento e vida — Espírito Emmanuel
Médium Chico Xavier
Lição 24
Humildade
A humildade, por força divina, reflete-se, luminosa, em todos os domínios da Natureza, os quais expressam, efetivamente, o Trono de Deus, patrocinando o progresso e a renovação.
Magnificente, o Sol, cada dia, oscula a face do pântano sem clamar contra o insulto da lama; a flor, sem alarde, incensa a glória do céu. 3 Filtrada na aspereza da rocha, a água se revela mais pura, e, em seguida às grandes calamidades, a colcha de erva cobre o campo, a fim de que o homem recomece a lida.
À carência de humildade, que, no fundo, é reconhecimento de nossa pequenez diante do Universo, surgem na alma humana doentios enquistamentos de sentimento, quais sejam o orgulho e a cobiça, o egoísmo e a vaidade, que se responsabilizam pela discórdia e pela delinquência em todas as direções.
Sem o reflexo da humildade, atributo de Deus no reino do “eu”, a criatura sente-se proprietária exclusiva dos bens que a cercam, despreocupada da sua condição real de espírito em trânsito nos carreiros evolutivos e, apropriando-se da existência em sentido particularista, converte a própria alma em cidadela de ilusão, dentro da qual se recusa ao contato com as realidades fundamentais da vida.
Sob o fascínio de semelhante negação, ergue azorragues de revolta contra todos os que lhe inclinem o espírito ao aproveitamento das horas, já que, sem o clima da humildade, não se desvencilha da trama de sombras a que ainda se vincula, no plano da animalidade que todos deixamos para trás, após a auréola da razão.
Possuída pelo espírito da posse exclusivista, a alma acolhe facilmente o desespero e o ciúme, o despeito e a intemperança, que geram a tensão psíquica, da qual se derivam perigosas síndromes na vida orgânica, a se exprimirem na depressão nervosa e no desequilíbrio emotivo, na ulceração e na disfunção celular, para não nos referirmos aos deploráveis sucessos da experiência cotidiana, em que a ausência da humildade comanda o incentivo à loucura, nos mais dolorosos conflitos passionais.
Quem retrata em si os louros dessa virtude quase desconhecida aceita sem constrangimento a obrigação de trabalhar e servir, a benefício de todos, assimilando, deste modo, a bênção do equilíbrio e substancializando a manifestação das Leis Divinas, que jamais alardeiam as próprias dádivas.
Humildade não é servidão. É, sobretudo, independência, liberdade interior que nasce das profundezas do espírito, apoiando-lhe a permanente renovação para o bem.
Cultivá-la é avançar para a frente sem prender-se, é projetar o melhor de si mesmo sobre os caminhos do mundo, é olvidar todo o mal e recomeçar alegremente a tarefa do amor, cada dia.
Refletindo-a, do Céu para a Terra, em penhor de redenção e beleza, o Cristo de Deus nasceu na palha da Manjedoura e despediu-se dos homens pelos braços da Cruz.
NESTE DOMINGO AS NOVE HORAS DA MANHÃ NA RÁDIO SAGRES 730