O programa Fraternidade em Ação desta semana repercute os assuntos que remetem à reflexão sobre o mundo, a vida e a paz de espírito.
O dominical vai ao ar às 9h DA MANHÃ, após o Raiz Brasileira com Justino Guedes, e tem a apresentação de Sebastião Ribeiro, Monica Fernanda, Jonathas Procópio e William Batista.
Edição e montagem: Roberval Silva ( voluntários).

Um oferecimento do Centro Espírita Caridade O Caminho.

NESTE DOMINGO AS NOVE HORAS DA MANHÃ NA RÁDIO SAGRES 730

Confira o tema do programa desta semana.

AUXÍLIO MÚTUO

O Auxílio mútuo

Livro Jesus no lar
Espírito Neio Lúcio
Médium Chico Xavier

Lição 16

Diante dos companheiros, André leu expressivo trecho de Isaías e falou, comovido, quanto às necessidades de salvação.

Comentou Mateus os aspectos menos agradáveis do trabalho e Filipe opinou que é sempre muito difícil atender à própria situação, quando nos consagramos ao socorro dos outros.

Jesus ouvia os apóstolos em silêncio e, quando as discussões, em derredor, se enfraqueceram, comentou, muito simples:
— Em zona montanhosa, através de região deserta caminhavam dois velhos amigos, ambos enfermos, cada qual a defender-se, quanto possível, contra os golpes do ar gelado, quando foram surpreendidos por uma criança semimorta, na estrada, ao sabor da ventania de inverno.

Um deles fixou o singular achado e clamou, irritadiço: — “Não perderei tempo. A hora exige cuidado para comigo mesmo. Sigamos à frente.”

O outro, porém, mais piedoso, considerou:
— “Amigo, salvemos o pequenino. É nosso irmão em humanidade.”
— “Não posso — disse o companheiro, endurecido —, sinto-me cansado e doente. Este desconhecido seria um peso insuportável. Temos frio e tempestade. Precisamos ganhar a aldeia próxima sem perda de minutos.”
E avançou para diante em largas passadas.

O viajor de bom sentimento, contudo, inclinou-se para o menino estendido, demorou-se alguns minutos colando-o paternalmente ao próprio peito e, aconchegando-o ainda mais, marchou adiante, embora menos rápido.

A chuva gelada caiu, metódica, pela noite a dentro, mas ele, sobraçando o valioso fardo, depois de muito tempo atingiu a hospedaria do povoado que buscava. Com enorme surpresa porém, não encontrou aí o colega que o precedera. Somente no dia imediato, depois de minuciosa procura, foi o infeliz viajante encontrado sem vida, num desvão do caminho alagado.

Seguindo à pressa e a sós, com a ideia egoística de preservar-se, não resistiu a onda de frio que se fizera violenta e tombou encharcado, sem recursos com que pudesse fazer face ao congelamento, enquanto que o companheiro recebendo, em troca, o suave calor da criança que sustentava junto do próprio coração, superou os obstáculos da noite frígida, guardando-se indene de semelhante desastre. Descobrira a sublimidade do auxílio mútuo… Ajudando ao menino abandonado, ajudara a si mesmo. Avançando com sacrifício para ser útil a outrem, conseguira triunfar dos percalços da senda, alcançando as bênçãos da salvação recíproca.

A história singela deixara os discípulos surpreendidos e sensibilizados.
Terna admiração transparecia nos olhos úmidos das mulheres humildes que acompanhavam a reunião, ao passo que os homens se entreolhavam, espantados.

Foi então que Jesus, depois de curto silêncio concluiu expressivamente:
— As mais eloquentes e exatas testemunhas de um homem, perante o Pai Supremo, são as suas próprias obras. Aqueles que amparamos constituem nosso sustentáculo. O coração que socorremos converter-se-á agora ou mais tarde em recurso a nosso favor. Ninguém duvide. Um homem sozinho é simplesmente um adorno vivo da solidão, mas aquele que coopera em benefício do próximo é credor do auxílio comum. Ajudando, seremos ajudados. Dando, receberemos: esta é a Lei Divina.

Citação parcial para estudo, de acordo com o artigo 46, item III, da Lei de Direitos Autorais.

Auxílio mútuo

Livro Escrínio de luz —Espírito Emmanuel
Médium Chico Xavier

Lição 35

Nós, os Espíritos em resgate na Terra, seja no Plano físico ou nas vizinhanças dele, achamo-nos à frente uns dos outros, à maneira de alunos na escola, devedores na praça ou doentes no hospital.

De momento, é impossível resolver todos os problemas, todavia, desfrutamos, em qualquer tempo, a possibilidade de algo realizar pelo bem comum.

Impraticável adiantar-se o aprendiz em matéria que ainda não conhece. A administração do ensino é gradativa e depende da diligência dos professores, quanto ao progresso da educação. Mesmo assim, logramos colaborar a benefício dos colegas, estimulando-lhes o desejo de aprender ou amparando-lhes as tarefas em alguma pequena necessidade.

Inexequível para nós a liberação imediata de quantos se acham comprometidos num tribunal. Certos despachos estão subordinados à equidade dos juízes e ao fundamento da lei. Apesar disso, não nos faltam meios de encorajar os amigos em dificuldade, interferindo com fraternal petição em favor deles, ou estendendo-lhes humilde parcela de auxilio.

Irrealizável curar ou aliviar, de vez, os que sofrem num nosocômio. Medidas surgem que se endereçam, de modo absoluto, à abnegação dos facultativos e ao avanço da Medicina. Nenhum de nós, porém, está impedido de abraçar os doentes em situação mais grave que a nossa, ou de ajudá-los com amparo singelo, na medida de nossos recursos.

Inadiável construir todo o bem ao nosso alcance, abençoar a todos e socorrer a todos, ressalvando-se embora a lógica do bem, diante do Mal, de vez que, em nome do Bem, não se pode permitir incendeie o Foro ou tumultue o Hospital.

Permaneçamos, assim, atentos ao serviço. Ninguém pode fazer tudo, mas ninguém existe impossibilitado de acender um raio de amor para a luz do bem.

Citação parcial para estudo, de acordo com o artigo 46, item III, da Lei de Direitos Autorais.