Poderia ele enviar outro pra cumprir sua missão?
Por quê ele transmitia seu ensinos por párabolas?
Qual legado que ele deixou?
Qual o significado desta a frase para amissão que o Cristo realizou “Jesus veio para o que era seu, mas os seus não o receberam”?
Em que consistiu, verdadeiramente, a missão de Jesus?
(Foto: Reprodução)
Jesus veio ao mundo para fazer raiar a luz aos que se achavam na região da morte, dar crença aos que não a tinham, guiar os que se haviam perdido e se achavam desviados da estrada da vida e, finalmente, apresentar-se a todos como o modelo, o paradigma, o enviado de Deus, o único capacitado a legar a nós um ensino puro e perfeito. [Revista Semanal de Divulgação Espírita]
Tendo por missão transmitir aos homens o pensamento de Deus, somente a sua doutrina (a do Cristo), em toda a pureza, pode exprimir esse pensamento. [Allan Kardec: A Gênese, Capítulo 17, item 26]
Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento; este o maior e o primeiro mandamento. E aqui tendes o segundo, semelhante a esse: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos — Mateus, 22.37-40.
Esse ensinamento de Jesus […] é a expressão mais completa da caridade, porque resume todos os deveres do homem para com o próximo. Não podemos encontrar guia mais seguro, a tal respeito, que tomar para padrão, do que devemos fazer aos outros, aquilo que para nós desejamos. [Allan Kardec: O Evangelho segundo o Espiritismo, Capítulo 11, item 4]
Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para servir de guia e modelo?
“Vide Jesus.”
Para o homem Jesus constitui o tipo de perfeição moral a que a Humanidade pode aspirar na Terra. [Allan Kardec: O Livro dos Espíritos, questão 625]
Os Ensinamentos de Jesus representam, pois, “[…] a pedra angular, isto é, a pedra de consolidação do novo edifício da fé, erguido sobre as ruínas do antigo.”
Sendo assim, chegará o dia em que estas palavras do Cristo se cumprirão: “Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor.” (João, 10.16)
Por essas palavras, Jesus claramente anuncia que os homens um dia se unirão por uma crença única; mas, como poderá efetuar-se essa união? Difícil parecerá isso, tendo-se em vista as diferenças que existem entre as religiões, o antagonismo que elas alimentam entre seus adeptos, a obstinação que manifestam em se acreditarem na posse exclusiva da verdade. […] Entretanto, a unidade se fará em religião, como já tende a fazer-se socialmente, politicamente, comercialmente, pela queda das barreiras que separam os povos, pela assimilação dos costumes, dos usos, da linguagem.
Os povos do mundo inteiro já confraternizam, como os das províncias de um mesmo império. Pressente-se essa unidade e todos a desejam. Ela se fará pela força das coisas, porque há de tornar-se uma necessidade, para que se estreitem os laços de fraternidade entre as nações; far-se-á pelo desenvolvimento da razão humana, que se tornará apta a compreender a puerilidade de todas as dissidências; pelo progresso das ciências, a demonstrar cada dia mais os erros materiais sobre que tais dissidências assentam e a destacar pouco a pouco das suas fiadas as pedras estragadas.
Demolindo nas religiões o que é obra dos homens e fruto de sua ignorância das leis de Natureza, a Ciência não poderá destruir, mau grado à opinião de alguns, o que é obra de Deus e eterna verdade. Afastando os acessórios, ela prepara as vias para a unidade. A fim de chegarem a esta, as religiões terão que encontrar-se num terreno neutro, se bem que comum a todas; para isso, todas terão que fazer concessões e sacrifícios mais ou menos importantes, conformemente à multiplicidade dos seus dogmas particulares.
No estado atual da opinião e dos conhecimentos, a religião, que terá de congregar um dia todos os homens sob o mesmo estandarte, será a que melhor satisfaça à razão e às legítimas aspirações do coração e do espírito; que não seja em nenhum ponto desmentida pela ciência positiva; que, em vez de se imobilizar, acompanhe a Humanidade em sua marcha progressiva, sem nunca deixar que a ultrapassem; que não for nem exclusivista, nem intolerante; que for a emancipadora da inteligência, com o não admitir senão a fé racional; aquela cujo código de moral seja o mais puro, o mais lógico, o mais de harmonia com as necessidades sociais, o mais apropriado, enfim, a fundar na Terra o reinado do Bem, pela prática da caridade e da fraternidade universais.
Milagres
(Foto: Reprodução)
Espírito perfeito e sábio, Jesus operava prodígios aos olhos dos terrícolas ainda ignorantes, sem derrogar nenhuma lei da natureza. Manipulava os fluidos como lúcido conhecedor de suas propriedades e qualidades e, portanto, não há por que falar em milagres nas curas que operou. [Consulte-se sobre o assunto o livro: Allan Kardec – A Gênese. Tradução de Guillon Ribeiro. 50. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2006. Capítulo 14, 15 e 17, itens 26, 28,31, 32, p. 433 – 436 a 438]
Os Apostolos
(Foto: Reprodução)
E, chamando os seus doze discípulos, deu-lhes poder sobre os Espíritos imundos, para os expulsarem, e para curarem toda a enfermidade e todo o mal. Ora, os nomes dos doze apóstolos são estes: O primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão; Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu; Simão, o zelote, e Judas Iscariotes, aquele que o traiu. [Mateus, 10.1-4]
Jesus enviou esses doze com estas recomendações: Não ireis pelo caminho das gentes, nem entrareis em cidade de samaritanos; mas ide, antes, às ovelhas perdidas da casa de Israel; e, indo, pregai, dizendo: É chegado o Reino dos céus. (…)
Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos; portanto, sede prudentes como as serpentes e símplices como as pombas. [Mateus, 10.5-16]
O Colégio Apostolar
No cumprimento de sua missão, Jesus contou com a colaboração dos apóstolos e de outros discípulos. Apóstolo é uma palavra derivada do grego que significa enviado. Discípulo é um vocábulo de origem latina que significa aluno. Jesus escolheu doze apóstolos e os enviou a diversos lugares para pregarem a Boa Nova (Evangelho). Contou também com o apoio direto de cerca de setenta discípulos.
Jesus chamou a equipe dos apóstolos que lhe asseguraram cobertura à obra redentora, não para incensar-se e nem para encerrá-los em torre de marfim, mas para erguê-los à condição de amigos fiéis, capazes de abençoar, confortar, instruir e servir ao povo que, em todas as latitudes da Terra, lhe constitui a amorosa família do coração. [XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo. Estude e Viva. Pelos Espíritos André Luiz e Emmanuel. 10 ed. Rio de janeiro: FEB, 2005. Capítulo 39]