Com mais uma cobertura internacional de alto nível da Rádio 730, ontem foi encerrada mais uma edição da Copa das Confederações. A final era esperada, o futebol apresentado pela duas equipes e o placar surpreendeu aos otimistas brasileiros e aos pessimistas espanhóis. Uma vitória canarinho inquestionável com grande atuação de Fred, Neymar e Paulinho.
O resultado não pode ser mascarador. A Copa das Confederações representou o início do trabalho do técnico Luis Felipe Scolari. Um trabalho de ajustes, replanejamento e novas caras. Além do título e da recuperação da seleção no aspecto patriótico, moldar o Neymar com um estilo mais objetivo, menos individualista, mais coletivo, mais comprometido com a tática, menos responsável por resolver tudo sozinho como era no Santos, tornou o atacante do Barcelona um jogador de verdade e com todo merecimento foi eleito o melhor da competição.
Uma competição para reascender o nosso sentimento como nação. Seja nas manifestações pelas ruas (um evento lindo, histórico e poderoso), seja cantando o hino e atropelando qualquer “padrão Fifa”, seja nas arquibancadas tendo ou não o Brasil em campo. Que esta tenha sido a fagulha para buscarmos nosso bem estar com pão, circo, trabalho, políticos descentes, transparência com dinheiro público e punição exemplar aos vândalos das ruas e aos vândalos do executivo, do legislativo e do judiciário. Sem teorias conspiratórias, por favor.
Mesmo com a derrota na final, a Espanha NÃO vai deixar de ter o futebol mais bonito do momento. Não foi o mais eficiente no último domingo, mas segue sendo exemplo. Tive a oportunidade de vê-los em campo, ao vivo, na Arena Pernambuco, na abertura contra o Uruguai. Toque de bola, movimentação, ritmo, eficiência… tem horas que fica até chato com tantos toques na bola, mas ainda assim é uma monotonia um tanto quanto agradável.
A Copa das Confederações vai deixar saudades. Em mim pela experiência de cobrir um evento deste porte ao lado de profissionais como Ronair Mendes, Nivaldo Carvalho, Marcelo Borges, Edson Jr, Juliano Moreira, Rafael Bessa e outros tantos das demais emissoras pelo país que passaram pelos mesmos apertos, dificuldades e dedicação para levar o mais completo conteúdo aos seus leitores, ouvintes e telespectadores.
Fico também o sentimento que temos muito a melhorar na estrutura das sedes para o Mundial. Estádios bonitos por fora e inacabados por dentro. Recife foi apedrejada pela quantidade de improvisações, sérios problemas de mobilidade e a falta de “campinhos” pra treinar. A capital pernambucana sofreu com um evento de 8 seleções, 4 mil jornalistas e milhares de turistas. Em 2014 serão 32 delegações, 17 mil jornalistas e pelo menos dez vezes a quantidade de turistas. Manaus, Cuiabá e Natal que abram o olho com pouco tempo, inclusive para erros.