Ele ainda não quer ser chamado de presidente, diz que João Bosco Luz ainda é o mandatário no clube. Só que, mesmo sem o título de presidente, ele já está por dentro e age como um. Sérgio Rassi, que deve ser aclamado para a presidência executiva do Goiás na próxima sexta-feira (27) já está ciente de todas as dificuldades que o esperam no biênio 2014/15 e revelou, em entrevista conduzida pelo repórter André Rodrigues, da 730, que a principal delas será o orçamento reduzido da televisão.

“Nós teremos dois anos relativamente difíceis, pois o Goiás, por questões óbvias, teve que fazer duas antecipações junto a nossa maior receita, que são os jogos pay-per-view pagos pela Rede Globo. Isso corresponde a uma quantia muito grande, em torno de R$1 milhão que teremos diminuído de nossa receita nos próximos quatro anos. Serão dois anos de dificuldade financeira onde não poderemos errar nas contratações e teremos de ter um elenco mais enxuto”

E esse elenco enxuto já está em processo de formação para a próxima temporada. Para se ter uma ideia, dos 11 titulares comandados por Enderson Moreira na Série A, apenas dois estão garantidos: o goleiro Renan e o volante Amaral. O terceiro pode ser o meia/volante David, que terá uma reunião na segunda-feira no clube e ser aceitar uma readequação do salário, será confirmado no elenco.

Com tamanha reformulação, conduzida pelo novo treinador Claudinei Oliveira e por Marcelo Segurado, superintendente de futebol, o futuro presidente Sérgio Rassi é mais um que confia na base, mas sabe que o time precisa de jogadores experientes para mesclar. O dirigente não esconde o jogo e diz que, em caráter de urgência, serão necessários cinco jogadores, e alguns deles já estão acertando o contrato e devem se apresentar no dia 03.

 “A grosso modo, são dois laterais, um zagueiro central experiente, um meia camisa 10 e um atacante de referência na área. Deve-se dizer que o sistema de jogo que o Claudinei adota não é com um centroavante fixo, e sim com dois jogadores mais agudos e um que vem de trás. Os laterais não são tão conhecidos, mas são jogadores que se saíram muito bem nesses campeonatos que se encerraram, o meia teria de ser um jogador de mais experiência, assim como o zagueiro”

Parceria viável?

Durante a semana, o Atlético conseguiu uma parceria com o Governo do Estado de Goiás para reformar o Estádio Antônio Accioly, e em troca, cederia uma área para a construção de uma unidade do Vapt Vupt. Logo depois, o governador Marconi Perillo estendeu essa possibilidade para Vila e também para o Goiás. Sérgio Rassi gostou da iniciativa, mas destacou que não seria interessante usar a Serrinha para isso. De qualquer forma, não descartou tal manobra no CT Edmo Pinheiro.

“Eu acho muito interessante essa medida do nosso governador, que sempre incentivou o esporte, e gostaria até de parabeniza-lo por isso. Isso equivale a uma renda mensal de R$8.300 por mês ao longo de 30 anos e na Serrinha eu acho inviável isso, perante o projeto de urbanização que se desenha na próxima gestão. Quanto a possibilidade de fazer isso no CT, por ser um lugar de maior amplitude geográfica, talvez a gente possa avaliar isso futuramente”