A capital brasileira foi palco de uma significativa reunião do G20, onde líderes e representantes de 32 países, além de 18 organizações internacionais, se reuniram para discutir soluções urgentes e eficazes para a adaptação climática e a preservação dos oceanos. Este evento marca um passo importante na luta global contra as mudanças climáticas e destaca o papel central do Brasil na arena internacional.
A escolha de Brasília como sede deste encontro é simbólica e estratégica. O Brasil, com sua vasta biodiversidade e extensos recursos naturais, desempenha um papel central no cenário ambiental global. Sediar o G20 e assumir sua presidência permite ao país demonstrar liderança e compromisso com questões ambientais, promovendo um diálogo aberto e colaborativo entre nações.
O Brasil assumiu a presidência do G20 até novembro de 2024, com o anúncio oficial realizado durante a 18ª Cúpula, que ocorreu em 2023 na Índia. As prioridades estabelecidas pelo governo brasileiro incluem o combate à fome, à pobreza e à desigualdade, assim como as três dimensões do desenvolvimento sustentável: econômica, social e ambiental. Além disso, a reforma da governança global é um tema central. Durante o ano, mais de 100 reuniões e grupos de trabalho serão realizados, tanto presencialmente quanto virtualmente, abrangendo níveis técnicos e ministeriais nas cidades-sede das cinco regiões do Brasil. O objetivo é descentralizar as atividades, tornando o G20 um fórum mais acessível e representativo. Essas atividades culminarão na Cúpula de Líderes do G20, programada para os dias 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro, contando com a presença dos líderes dos 19 países-membros, além da União Africana e da União Europeia.
Na sexta-feira (12/4) e no sábado (13/4), o Brasil organizou a segunda reunião do Grupo de Trabalho de Sustentabilidade Ambiental e Climática do G20. Representantes de 32 países e 18 organizações internacionais participaram dos debates, que ocorreram na sede do G20 em Brasília (DF). Durante essa reunião, foram discutidos temas como a mitigação dos impactos das mudanças climáticas, a conservação dos oceanos e a transição para uma economia de baixo carbono. As discussões enfatizaram a necessidade de políticas integradas que aliem desenvolvimento econômico e sustentabilidade ambiental, reconhecendo que os oceanos, que cobrem mais de 70% da superfície terrestre, são cruciais para a regulação do clima e a manutenção da vida no planeta.
Os representantes destacaram a importância de ações conjuntas e coordenadas. Entre as propostas discutidas, destacam-se a criação de um fundo internacional para a adaptação climática, voltado especialmente para países em desenvolvimento e regiões vulneráveis; a ampliação de áreas marinhas protegidas; e a promoção de tecnologias limpas e renováveis. Também foram abordadas estratégias para reduzir a poluição plástica nos oceanos, que representa uma ameaça crescente à vida marinha e à saúde humana.
Este encontro é um marco na jornada para um mundo mais sustentável e resiliente, mostrando que, através da cooperação e do compromisso, é possível construir um futuro melhor para as próximas gerações.
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