É com muito prazer que starto a coluna de hoje, com um game narrativo chamado Neve, desenvolvido pela goiana e CEO da Ritus Studios, Michelle Santos. Confesso que, ao começar a escrever esta matéria, fiquei reflexiva sobre como a palavra “caminhoneira” não existe no nosso vocabulário. O termo “caminhoneira” não existe oficialmente na língua portuguesa, o que me fez refletir sobre o peso da masculinização histórica da profissão de caminhoneiro. A ausência dessa palavra no vocabulário evidencia como a ocupação foi tradicionalmente associada aos homens, dificultando o reconhecimento e a representatividade das mulheres no setor.
No entanto, com a crescente presença feminina na profissão, o uso do termo “caminhoneira” se tornou cada vez mais comum na linguagem cotidiana, desafiando estereótipos e evidenciando a necessidade de atualizar a língua para acompanhar as mudanças sociais e a diversidade no mercado de trabalho.
No mês de março, optei por evidenciar ainda mais o trabalho feminino em um mercado majoritariamente masculinizado. Por mais que, ao longo dos anos, tenhamos ocupado espaços antes dominados por homens, ainda seguimos em uma luta pela equidade de gênero.
Sobre o jogo
Neve é uma experiência imersiva em um mundo pós-apocalíptico, onde a protagonista enfrenta os desafios de um novo e desolado cenário. O jogo mistura narrativa e exploração, levando os jogadores a vivenciarem a luta pela sobrevivência enquanto enfrentam dilemas morais e emocionais em uma jornada única e reflexiva. Com uma jogabilidade focada em escolhas que moldam o destino do personagem, Neve busca explorar temas como solidão, resistência e esperança em tempos de adversidade.
No programa de hoje, startamos a entrevista com gameplay, com muita conversa e, claro, jogo. Assista aqui: