Simples, humilde, introvertido e trabalhando sob a desconfiança de uma grande maioria militante no futebol do Goiás. Contudo mostra eficiência no desempenho de um trabalho muito bem planejado e executado com extrema sabedoria. Estamos falando do técnico de futebol Glauber Ramos, habilitado para a função, mesmo carregando nas costas a estigma de um eterno interino (provisório, passageiro ou temporário) ocupando a função na impossibilidade do seu titular.
Glauber Ramos tem um estado de alma em que predomina o respeito pelos outros, sobre o que pensam e como se comportam. Trabalha sem badalação onde os corvos da maldade vivem à espera de uma derrapada, para iniciarem os ataques. Vencer é sempre obrigação e perder é pura desilusão. Pelo menos para os que sempre desconfiam de sua capacidade profissional.
Glauber Ramos tem números impressionantes como técnico do Goiás Esporte Clube. Deixa o comando da equipe com um aproveitamento de 72,9% na atual temporada – são 16 jogos com 10 vitórias, 5 empates e apenas 1 derrota, o que remete Bruno Pivetti, novo comandante, uma enorme responsabilidade.
Se a gente somar as outras passagens pelo comando técnico do clube esmeraldino, ele chega a um aproveitamento de 52,7% com 19 vitórias, 11 empates e 13 derrotas em 43 jogos, coisa que muitos efetivos ficaram bem distantes. Diante de números tão expressivos, não seria a hora de Glauber dar o pulo do gato e buscar uma carreira solo?
É uma questão de foro íntimo, só ele pode responder. Deitar-se sobre a sombra da família Pinheiro, exercendo o cargo de auxiliar permanente não vai lhe encorajar para uma tomada de posição, afinal, o emprego de auxiliar parece garantido.
Muitos treinadores jovens estão desempregados, isso assusta e pode pesar na hora de decidir qual caminho seguir, mas como ele não tem nacionalidade portuguesa (modismo momentâneo) para garantir um bom contrato, em um clube do mesmo peso do Goiás, melhor é ficar por lá.
Pode dormir tranquilo, Glauber Ramos. Aprenda um pouco mais com Paulo Autuori e aproveite para passar algumas lições a Bruno Pivetti!