A temporada 2020 já está “batendo à porta” e, por isso, a Federação Goiana de Futebol realizou na manhã desta quarta-feira (6) o Conselho Técnico do Campeonato Goiano do ano que vem. A competição terá início no dia 22 de janeiro e contará com 12 equipes, assim como esse ano, mas com as novidades de Anápolis e Jaraguá que subirão da Divisão de Acesso. O segundo, inclusive, disputará a primeira divisão do estadual pela primeira vez.
Com os sorteios dirigidos, os grupos ficaram da seguinte forma: Grupo A com Atlético, Vila Nova, Aparecidense, Goianésia, Anapolina e Iporá; o Grupo B é composto por Goiás, Goiânia, Jaraguá, Anápolis, Grêmio Anápolis e CRAC. E a fórmula de disputa será a mesma da última edição, com o torneio contando com 18 datas. Essa questão foi, inclusive, um ponto de discordância de Goiás e Atlético com as demais equipes.
Marcos Egídio (Foto: Arthur Barcelos/Sagres On)
“O sorteio com os clubes do interior ficou bem balanceado, os grupos com as viagens na questão de menos custos para os clubes. No entanto a nossa proposta juntamente com o Goiás era de diminuir de 18 datas para 16 porque há uma dificuldade muito grande de jogar no começo do ano com chuva, as vezes com gramados com problema. Então nós queríamos duas datas a menos até para dar um poder de recuperação maior para os atletas pensando o ano todo, porque o Atlético não visa só o Campeonato Goiano. Atlético e Goiás foram votos vencidos, mas em relação ao sorteio eu acho que ficou balanceado sem vantagem para um grupo em relação ao outro e acho que vai ser um campeonato melhor do que 2019”, explicou Marcos Egídio, diretor administrativo do Atlético.
Além desta alteração, tanto rubro-negros quanto esmeraldinos queriam uma mudança quanto à vantagem que o time de melhor campanha na fase classificatória ganha nas finais. O atual modelo de disputa prevê que o time de melhor desempenho tenha apenas a vantagem de ser o mandante no segundo jogo.
“Temos uma ideia de sempre privilegiar quem está melhor na competição. A posição atual da competição nós achávamos que deveríamos ser cabeças de chave campeão e vice e isso foi feito. Agora quem faz um melhor campeonato tem que chegar no final com vantagem e essa vantagem não foi discutida, mas nós colocamos para a federação pôr na mesa. O que acontece é que quando vai para os clubes do interior eles acham que serão prejudicados, o que a gente discorda”, analisou o dirigente atleticano.
VAR
A Federação Goiana de Futebol sinaliza colocar no regulamento da competição a utilização do árbitro de vídeo. No entanto, o uso em todas as partidas está descartado e não está garantido nem nas fases finais. Segundo André Pitta, presidente da FGF, o VAR será utilizado caso os clubes se disponibilizem a marcar com os custos ou haja algum patrocinador para isso.
“O Atlético é a favor desde que os custos sejam da organizadora da competição. Não tem nenhum clube, com exceção do Goiás, que tem condição de colocar o VAR em disputa. Se nós tivermos o acesso para a Série A como estamos trabalhando muito para ter, aí sim nós também vamos ter um projeto para o árbitro de vídeo que poderemos utilizar, mas não é só a estrutura em si, as pessoas que trabalham no VAR são muito caras. A própria federação pode utilizar a estrutura da FGF TV e reduzir os custos, utilizar árbitros goianos, acho que seria algo interessante. Agora utilizar com as regras da FIFA, não tem a menor condição”, afirma Marcos Egídio.
Atlético favorito?
O dirigente rubro-negro ainda foi enfático ao dizer qual time é favorito a ficar com a taça em 2020. Mesmo com o Atlético sendo o atual campeão, ele acredita que o Goiás leva vantagem nessa disputa.
“O grande favorito é o Goiás porque está muito mais preparado, tem um recurso financeiro muito grande e tem condições de montar a equipe desde o início. O Goiás é o clube a ser batido neste Campeonato Goiano e nós somos mais uma equipe que vai brigar para tirar o título do Goiás”, avaliou.