Representantes da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Goiânia e da Universidade Federal de Goiás (UFG) fizeram um balanço da situação da Covid-19 na capital nesta terça-feira (12). De acordo com o último boletim, a cidade, que deverá ser atingida com regras mais rígidas de isolamento social pelo governo estadual ainda nesta semana, possui 757 casos confirmados da doença e 25 mortes. A maioria dos casos ocorreu em pessoas com idades entre 20 e 39 anos (41%) e também entre 40 e 49 anos (36%).

A diretora de Vigilância Epidemiológica da SMS, Grécia Pessoni, apresenta os casos confirmados em profissionais da saúde na capital. “Tem um percentual de 30% de trabalhadores de saúde acometido dentro desses casos. A maioria dos profissionais são técnicos em enfermagem, seguido de médicos e, posteriormente, enfermeiros”, enumera.

Os sintomas mais comuns informados pelos pacientes investigados são tosse (63%), febre (54%), desconforto respiratório (38%), dispneia (35%) e dor de garganta (33%).

Segundo o levantamento da SMS, 68% das vítimas fatais são do sexo masculino, e 32% do feminino. Os setores Bueno (73), Oeste (57) e Jardim Goiás (25), nesta ordem, concentram o maior número de infectados, seguidos por Jardim América (23) e Marista (22).

No último sábado (9), mais de 4 mil amostras foram coletadas em Goiânia, em testes rápidos que identificam a presença de anticorpos contra a Covid-19, ou seja, quem já foi acometido pela doença. O trabalho foi feito pela SMS, em parceria com a UFG e PUC Goiás. O professor do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública da UFG, João Bosco Siqueira, explica que os profissionais de saúde também terão atenção na pesquisa.

“A gente sabe que essas pessoas têm um risco maior por estarem na linha de frente. A gente já fez um inquérito e está processando os resultados nos profissionais da urgência. A secretaria vai fazer isso também com profissionais da atenção básica”, argumenta.

Só em Goiânia, dois profissionais da Saúde já perderam a vida por causa da Covid-19. O superintendente de Gestão de Redes de Atenção à Saúde da secretaria, Silvio Queiroz, orienta que, em caso de dúvidas ou sintomas da doença, as pessoas entrem em contato por telefone com a Central Humanizada de Atendimento ao Covid-19.

“Lá nós temos 32 técnicos de Enfermagem, 16 enfermeiros e 16 médicos. Então vocês serão atendidos por profissionais de saúde e serão orientados, evitando assim congestionamento em nossas unidades de saúde”, recomenda.

Segundo o superintendente, Goiânia possui 10 unidades de Urgência, sendo cinco Cais, três Upas e dois Ciams, e 81 Unidades Básicas de Saúde (UBS) para atendimento à população. A Central Humanizada de Atendimento pode ser acionada pelo telefone (62) 3267-6123 ou pelo WhatsApp (62) 98599-0200.