Com 28 títulos conquistados, o Goiás é o maior campeão estadual. É o único pentacampeão na era do profissionalismo. O papa-títulos goiano entra nesta temporada mais forte do que em 2021.

No ano passado, o time esmeraldino amargou o rebaixamento da série A para a B do brasileiro. Com muitas dívidas, a diretoria recém-empossada com Paulo Rogério Pinheiro como presidente não teve escolhas. Foi forçada a entrar para a disputa do campeonato goiano com um time de garotos, formados na base do clube. Muitos deles não estavam preparados para a missão. Outros não tinham qualidade técnica suficiente para serem titulares do maior do centro-oeste.

No comando técnico, a dupla Augusto/Glauber não conseguiu tirar leite de pedra. O time se arrastou em campo. Quase ninguém se destacou. A equipe, a duras penas, conseguiu avançar para a segunda fase do certamente com a pontuação no limite entre a classificação e a zona de rebaixamento.

O gigante goiano agonizou no estadual. Sofreu um prejuízo técnico e financeiro com a eliminação na primeira fase da Copa do Brasil pelo Boa Vista do RJ. O Verdão pagou um preço alto por isso. Completou 3 anos sem um título goiano. Fato que não acontecia desde 1980. De lá para cá, o Poderoso Verdão nunca passou mais de duas temporadas sem uma conquista estadual. Além disso, caiu por terra a expectativa de amenizar o caos financeiro com o avanço dentro da Copa do Brasil.

Ao invés de chorar o leite derramado, a diretoria agiu rápido. Em tempo recorde montou um time competente. Apesar de algumas turbulências com as trocas de técnicos, em consequência da queda de rendimento, o time manteve-se no G4 praticamente o campeonato inteiro. Alcançou o objetivo. Retornou para a série A como vice-campeão brasileiro. Pontos para diretoria que acertou muito nas contratações e nas decisões arrojadas que tomou. Méritos também para a torcida que foi sensacional, para os atletas e para o humilde técnico Glauber Ramos.

Este ano, o Verdão está mais forte. Grande parte da equipe vencedora do brasileiro foi mantida. Perdeu dois jogadores referenciais: David Duarte e Alef Manga. Para o início da temporada, campeonato goiano e a Copa do Brasil, foram contratados alguns jogadores interessantes como os atacantes Vinícius e Pedro Raul, o volante Auremir, o lateral Maguinho, além do retorno do zagueiro Reynaldo. Tem ainda as apostas nos zagueiros Caetano e Everson.

Por enquanto, o técnico é o esforçado e estudioso Glauber Ramos. Ele está com moral! Ostenta no currículo o acesso para a série A e a formação no curso PRO da CBF. Isso dá tranquilidade para a diretoria buscar com calma um técnico de maior gabarito. Recentemente, o vice-presidente do Conselho Deliberativo Edminho Pinheiro, que trabalha em sintonia com o vice-presidente de futebol, Harlei Menezes, declarou que o Goiás terá paciência de Jó para contratar o novo técnico. Tomara que seja assim mesmo. Sem pressa! Acho que o Glauber Ramos merece a revanche no campeonato goiano. A tendência é que o novo treinador venha do exterior.

Para o campeonato brasileiro a conversa é outra. O Goiás vai precisar de um técnico experimentado e de reforços com “cara” de série A!

Para a estreia no goiano, se a diretoria conseguir regularizar todos os atletas, a equipe ideal no meu entendimento, deverá ser formada com Tadeu, Maguinho, Caetano, Reynaldo, Artur (Hugo); Auremir, Felipe Bastos, Diego e Elvis; Nicolas e Vinícius. Com esse time, o Glauber Ramos poderá jogar no esquema 4-4-2 ou no 4-3-3. O jogador Diego pode atuar no meio-campo ou no ataque.

Com esse elenco, o Verdão é um dos favoritos para a conquista do título estadual deste ano!