Apesar da falta de jogos, o Goiás está vivendo uma semana movimentada. Além do acerto da transferência do volante Léo Sena para o Atlético Mineiro, que já se despediu do clube esmeraldino, funcionários e demais envolvidos nas atividades do futebol na Serrinha e no centro de treinamento realizaram exames da covid-19. Os resultados saíram nesta quinta-feira (4) e oito foram identificados com a doença causada pelo novo coronavírus.
Algo que causou preocupação na diretoria esmeraldina, que espera os últimos resultados para divulgar a lista dos oito diagnosticados, três deles jogadores. De qualquer forma, o retorno dos treinamentos presenciais está confirmado para esta sexta-feira (5). Os funcionários detectados com a covid-19, todos assintomáticos, não farão parte das atividades no momento, devendo seguir um período de isolamento.
Os trabalhos na estrutura do clube retornarão amanhã, em que “vamos seguir rigorosamente o protocolo: quatro atletas em cada campo e cada um no seu quadrante. Todos os treinos já foram programados pelo Alexandre Lopes (preparador físico) e a comissão técnica, voltados para a readaptação física nesse primeiro momento”, afirmou Túlio Lustosa, gestor de futebol do Goiás, em entrevista à Sagres 730.
O treinador Ney Franco também não estará envolvido diretamente nos primeiros treinos. Esperado amanhã em Goiânia, “seguirá o protocolo que a Organização Mundial da Saúde e o Ministério da Saúde recomendam, que é cumprir uma quarentena e passar pelos exames. O departamento médico está atento e tenho certeza que, sem prejuízo nenhum, ele estará de volta. Os treinamentos no início são mais voltados para a readaptação física, então não tem tanta necessidade de estar presente nesse momento”.
Reposição de Léo Sena
Enquanto aguarda a assinatura de contrato do volante Léo Sena com o Atlético Mineiro, o Goiás não buscará no mercado um substituto para o jogador. Túlio Lustosa reforçou que não existe “hipótese de contratação. Estamos vivendo uma situação difícil, assim como todos os clubes do futebol brasileiro. Com a renegociação de salário do elenco, seria até desrespeitoso falarmos de contratação nesse momento pela dificuldade financeira que o clube atravessa”.
Por outro lado, “temos sim jogadores com grande potencial para substituir o Léo Sena, esse foi um dos motivos analisados para concretizarmos essa negociação”. O dirigente citou os jovens volantes Breno, Miguel Figueira e Ratinho, “que podem a partir de agora criarem isso dentro de si e tentarem assumir essa condição de titular. Vemos isso acontecer rotineiramente no futebol: um grande potencial só se desenvolve quando um jogador já consolidado, como no caso do Léo Sena, deixa o clube”.
