A secretária da Economia de Goiás, Cristiane Schmidt, e mais 25 secretários estaduais da área enviaram nesta quinta-feira (18) uma carta conjunta ao Ministério da Saúde cobrando mais recursos para os Estados. Roraima foi a única unidade da federação que não assinou o documento.

O motivo do envio da carta é a redução do custeio de leitos para a Covid-19 em Goiás. O texto foi publicado pelo Comitê Nacional dos Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz). De acordo com o documento, os Estados não estão conseguindo arcar com as despezas e atender à demanda gerada pela pandemia.

“OS SECRETÁRIOS DE FAZENDA, FINANÇAS, RECEITA OU TRIBUTAÇÃO DOS ESTADOS E DO DISTRITO FEDERAL DO BRASIL, EM FACE DA ATUAL SEGUNDA ONDA DA PANDEMIA DA COVID-19, SOLICITAM AO MINISTÉRIO DA SAÚDE RECURSOS PARA A MANUTENÇÃO DE MEDIDAS QUE POSSIBILITEM AOS ENTES FEDERADOS PROVEREM SERVIÇOS DE SAÚDE QUE ATENDAM À ALTA GRAVIDADE DO MOMENTO DA CRISE NA SAÚDE”, diz o trecho inicial da carta.

Em outro trecho da carta, os secretários afirmam que a “pandemia não cessou e seguiremos enfrentando até final do ano a coexistência de diversas ondas dessa crise de saúde ocorrendo de maneira assimétrica e diversas regiões do Brasil”, e que os “efeitos da vacinação somente deverão repercutir em queda sustentada, com baixa”.

Sem a adoção de novas medidas, o custeio desses leitos deve ficar a cargo apenas de estados e municípios, que apontam dificuldades de financiamento e até risco de fechamento de parte dessas estruturas, e temem que todas as vagas em UTIs fiquem exclusivas para pacientes da Covid-19.

Ainda no documento, os secretários reforçam que o “investimento na rede de atenção e vigilância pressupõe novos investimentos tecnológicos na rede de frio, testagem e transporte, assim como mobilização de recursos humanos e materiais para garantir adequada estruturação dos hospitais” e que os “Estados não são prestadores de serviços do SUS, são gestores do Sistema, assim sendo, necessitam de programação financeira e autonomia para decidir seus investimentos e contratos”.

Confira a seguir a carta na íntegra