De acordo com a Secretaria de Políticas para Mulheres e Promoção da Igualdade Racial, Goiás é o sexto estado mais homofóbico do Brasil. Com base nesse dado, foi criada uma gerência de diversidade no Estado. A secretária de Políticas para Mulheres e Promoção da Igualdade Racial, Gláucia Teodoro Reis, ressalta que várias medidas estão sendo tomadas para que Goiás possa mudar esse panorama.

“Nós temos que garantir a vida e a dignidade desses cidadãos que participam do processo produtivo, participam de todo o processo comum da vida de uma pessoa natural”, comentou Gláucia. Ela revelou que um banco de dados está sendo feito para apurar todo tipo de violência contra grupos LGBT’s (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) e também à mulher.

“Junto com a Secretaria de Segurança Pública, representada pela Dra. Adriana Accorsi, nós vamos fazer um levantamento, nós já temos até o recurso garantido pra isso, que são recursos do governo federal, e nesse banco de dados nós iremos levantar toda essa estatística acerca da violência sobre a mulher, e também sobre esses segmentos LGBT’s”, disse.

Caso Adrielle

Um caso de homofobia em Goiás que surgiu recentemente foi a da adolescente Adrielle, que foi morta na cidade de Itarumã no mês passado, por um irmão da namorada da jovem, também menor de idade. A família de Adrielle esteve reunida na manhã desta sexta-feira (29) com a superintendente de Direitos Humanos da Secretaria de Segurança Pública, Adriana Accorsi e com a secretária Gláucia Teodoro Reis.

A irmã de Adrielle, Kelly Cristina da Silva, disse que o intuito do encontro foi pedir uma reconstituição do crime, com o argumento de que o principal acusado é um menor de idade. “Existem falhas na reconstituição, porque o menor de 16 anos fala que deu as facadas na irmã, e o lugar onde ele fala não é o mesmo lugar onde as facadas estão. Acho que ele, por ser menor, assumiu a culpa sozinho pro pai não ficar preso. Queremos justiça”, reforçou.

Adriana Accorsi concorda com a necessidade de que haja a reconstituição do crime. “Nunca é demais que sejam feitas mais diligências se for necessário. Agora neste momento, juridicamente falando, teriam que ser requeridas pelo Ministério Público, para que elimine alguma dúvida que reste, porque a família tem direito de saber a verdade que aconteceu”, declarou.